Educar para preservar: como a sala de aula pode contribuir para a história patrimonial?

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No dia 17 de agosto, comemorou-se o Dia do Patrimônio Histórico e, por isso, é fundamental o debate sobre o tema

Antes de ser um lugar de formação profissional, a sala de aula é, também, um espaço em que se busca desenvolver o aluno para torná-lo um cidadão consciente da sua responsabilidade em prol do patrimônio cultural da cidade. No dia em que se comemora o Dia do Patrimônio Histórico, no dia 17 de agosto, o debate sobre esse tema se torna essencial.

Diferentemente do que se pensa, a escola deve ser, sim, o local onde se busca refletir e discutir questões relacionadas à identidade, à memória, à coletividade e à herança material e imaterial do seu povo. Isso, de acordo com o professor de história do Colégio GGE, Filipe Domingues, além de criar um sentimento de pertencimento dos alunos à cidade onde mora, os coloca como protagonistas no processo de preservação.

No campo pedagógico, um bom caminho para se alcançar essa consciência é trabalhar de forma lúdica e criativa a valorização da cultura para a nossa cidade. O Colégio GGE vem, permanentemente, desenvolvendo o olhar dos estudantes para o valor dos bens históricos, seja por meio didático, seja por meio prático. “Os valores sociais construídos estão diretamente ligados à nossa identidade, pertencente à nossa cidade, e isso cria a consciência cidadã. Nas aulas, a gente trabalha muito isso”, disse.

Um exemplo disso foi a iniciativa com as turmas do 9º ano do Ensino Fundamental 2, que tiveram a oportunidade, a partir da aula prática, de participar da construção de peças de azulejos, permitindo incorporá-las à dinâmica social a partir de exposições.

“Esse incentivo que a escola dá tem o objetivo de valorizar os indivíduos, as comunidades e toda a produção cultural da nossa cidade, gerando a experiência do aluno de se tornar um agente de desenvolvimento da história em que está inserido”, ressaltou Domingues.

Além da preservação, o professor acredita ser fundamental resgatar os bens culturais de determinada região, através de restaurações ou, até mesmo, por meio da recuperação da sua história. “Isso é importante para a cidade e, sobretudo, para as pessoas, que vão continuar tendo acesso às referências dos seus próprios espaços e da história”, reiterou Domingues.

Foi buscando manter a memória da cidade que o Colégio GGE está apostando na reforma do seu palacete, na sua unidade Benfica, que logo receberá novos segmentos de ensino e cujo legado histórico ultrapassou os muros da instituição para ser incorporado à dinâmica urbana contemporânea. “Essa iniciativa deu a chance das pessoas enxergarem o valor cultural da obra e também permitiu que elas participassem da evolução das tendências urbanísticas do seu bairro”, explicou o professor.

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