O tabagismo está diretamente relacionado a diversas doenças graves, entre elas o infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca, doença arterial periférica e aneurisma de aorta abdominal, uma dilatação perigosa da maior artéria do corpo
No Dia de Combate ao Fumo, celebrado neste 29 de agosto, especialistas alertam que o cigarro continua sendo um dos principais inimigos da saúde cardiovascular. Isso porque os efeitos do tabaco no coração e no sistema circulatório começam cedo e são devastadores, podendo acelerar a aterosclerose, estreitar os vasos sanguíneos, aumentar a formação de coágulos e ainda roubar oxigênio do organismo.
O tabagismo está diretamente relacionado a diversas doenças graves, entre elas o infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca, doença arterial periférica e aneurisma de aorta abdominal, uma dilatação perigosa da maior artéria do corpo. “O risco não se limita apenas a quem fuma: até mesmo o fumo passivo é capaz de causar disfunção endotelial e elevar a probabilidade de eventos cardiovasculares”, alerta o cardiologista do SESI Saúde, Flávio Feijó.
Quando se trata da quantidade, Feijó ressalta que não existe consumo seguro. “Muitas pessoas acreditam que fumar pouco é inofensivo, mas isso não é verdade. Estudos mostram que mesmo um único cigarro por dia já aumenta consideravelmente o risco de infarto e AVC, chegando a quase metade do risco de quem fuma um maço inteiro. Isso quer dizer que, quanto mais se fuma, maior o risco, mas qualquer quantidade já é perigosa”, reforça.
A boa notícia é que, ao abandonar o cigarro, o corpo inicia um processo de reparação quase que imediato. O cardiologista explica que, em apenas 24 horas sem fumar, a pressão arterial e a frequência cardíaca começam a se normalizar, enquanto os níveis de monóxido de carbono caem, permitindo uma melhor oxigenação do sangue. “Em até cinco anos sem fumar, o risco de grandes eventos cardiovasculares já pode cair em torno de 40%. E de 10 a 15 anos depois, o risco fica muito próximo ao de quem nunca fumou, ou seja: nunca é tarde para parar”, destaca.
Entre os sinais de alerta que devem chamar a atenção dos fumantes estão dor ou pressão no peito, falta de ar mesmo em repouso, palpitações, tontura, suor frio ou desmaios. No caso das pernas, dores ao caminhar que aliviam ao parar ou feridas que não cicatrizam podem indicar problemas circulatórios. Já para o AVC, os sinais clássicos incluem boca torta, fraqueza em um braço ou dificuldade para falar.
“Diante desses sintomas, a orientação é procurar atendimento médico imediato. O cigarro continua sendo um dos maiores fatores de risco para doenças cardiovasculares, mas a decisão de parar de fumar faz toda a diferença na qualidade e no tempo de vida”, conclui Feijó.








