A Educação Étnica Racial, foi tema do 1° encontro da programação do “Mês da Consciência Negra”, promovido pela SDSCJ

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Todas as quartas-feiras haverá debate sobre políticas públicas para a população negra 

A educação étnico racial nas escolas de Pernambuco foi tema de debate nessa quarta-feira (04), entre especialistas, professores e gestores da educação do Estado. Nomes importantes da luta negra, como Arnaldo Filho (Professor;  Assessor de Políticas Sociais – SEPDS) e Josebias Santos (Coordenador do Fórum de Educação e Diversidade étnico-racial de Pernambuco) participaram do debate.

Os encontros fazem parte da programação do Mês da Consciência Negra promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ) por meio da Secretaria Executiva de Políticas para o Desenvolvimento Social (SEPDS), e a Secretaria de Juventude e a  Coordenadoria de Igualdade Racial. Este ano o tema é “Ona Agbon- Caminho da Sabedoria. Um diálogo dos negros para a sociedade na década afrodescendente”.

A abertura do encontro foi feita por Antônio Mendes, gerente da Juventude da SDSCJ, que representou o secretário de Sileno Guedes, e os executivos Eduardo Vasconcelos e Rosano Carvalho (SEPDS) e falou sobre a necessidade da discussão da importância da população negra no contexto social.

Para Josebias Santos, professor e coordenador da Unidade de Educação das Relações Étnico-Raciais da Secretaria de Educação de Pernambuco, convidado para a discussão, o Estado é destaque nacional em políticas públicas para a população negra. “Os avanços de Pernambuco tiveram um salto se comparado a outros estados. mesmo com o desmonte de várias políticas de educação implementadas ao longo dos anos pelo atual Governo Federal”, alerta.

As gestoras de educação Marília Oliveira e Adriana Demétrio e a professora Juliana Pereira que também participaram do debate falaram sobre alguns problemas ainda enfrentados pela população negra na comunidade escolar como: o assédio sexual entre os próprios alunos; a aceitação de negros em espaço de poder e a necessidade do fortalecimento da Lei n° i 11.645/2008, que determina as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-brasileira e Indígena.

“Pernambuco está à frente do seu tempo. Precisamos articular e fortalecer as escolas e educação como um todo e sempre fazer escutas para saber as necessidades da população negra”, salienta Marta Almeida, da Coordenadoria de Igualdade Racial de Pernambuco e integrante do Movimento Negro Unificado (MNU). O encontro teve como mediador Arnaldo Carvalho, professor e a assessor de Políticas Sociais da SEPDS.

Encontros – Todas as quartas-feiras do mês haverá diálogos com personalidades negras, com temáticas variadas. O primeiro encontro foi sobre Educação e os demais serão Direitos Humanos, Juventude,  Mulheres e LGBTQI+ , Desenvolvimento Social da População Negra. Os debates acontecerão sempre a partir das 16h com transmissão via o youtube da SDSCJ – www.youtube.com/SecDesenvolvimentoSocial

Dia da Consciência Negra (20 de Novembro) – Foi criado em 2003 como data comemorativa apenas no calendário escolar. No entanto, em 2011, em decorrência da pressão de negras e negros do Brasil, a data passou a fazer parte do calendário nacional (lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011), inclusive sendo feriado em alguns municípios  O dia ganhou uma dimensão maior tendo comemoração alusiva durante todo o mês.

O 20 de novembro faz referência a Zumbi dos Palmares, um dos maiores líderes negros do Brasil que lutou pela libertação do povo contra o sistema escravista. A data se tornou símbolo de luta para a população afrodescendente no país contra opressão, racismo, discriminação, igualdade social, inclusão de negros na sociedade e a cultura afrobrasileira. Além disso, deu protagonismo para o espaço de fala em fóruns, debates e outras atividades nacionais.

A Assembléia Geral da ONU proclamou o período entre 2015 e 2024 como a década Internacional de Afrodescendentes. Sendo assim, a comunidade internacional reconhece que os povos afrodescendentes representam um grupo distinto cujos direitos humanos precisam ser promovidos, protegidos e preservados.

Confira a programação completa: 16h às 17h30  

Encontros:

Dia (11/11)– Temática  Mulheres  e LGBTQI+

Dia (18/11)– Temática  Juventude Negra e  Direitos Humanos

Dia (25/11)– Temática  Desenvolvimento Social da População Negra

 

 

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