evento aberto ao público, terá programação multicultural e a participação de diversos artistas locais
Música, dança e artesanato vão tomar conta do Cabo de Santo Agostinho durante os dois dias do Festival Viva Pinzón, que acontecerá nesta sexta-feira (25) e segue até sábado (26/01), a partir das 19h, no calçadão da Praia de Suape. Com o tema “A chegada de Pinzón ao Cabo”, a 1° edição do evento irá contar com uma programação multicultural e a participação de diversos artistas locais. O festival é aberto ao público.
Oficialmente, o Brasil foi descoberto pelo português Pedro Álvares Cabral em abril de 1500. Mas, três meses antes, no dia 26 de janeiro, aportou em terras pernambucanas o navegador espanhol Vicente Yañez Pinzón. O local foi batizado de Cabo de Santa Maria de La Consolación, em homenagem a virgem santa que amparava as armadas. Mais tarde o nome da cidade passou a se chamar Cabo de Santo Agostinho. A data histórica foi instituída como feriado municipal em 1986. E esta semana, a população do Cabo vai comemorar o Dia Municipal da Nacionalidade Hispânico-Brasileira com o Festival Viva Pinzón.
Na abertura do Festival, que acontece nesta sexta, haverá shows com os Mestres de Coco de Pernambuco, além de apresentações de cinema na praça com a exibição de documentários e a exposição “Cabo Ruínas e Monumentos”.
No início da noite do sábado, o Cinema na praça terá exibição de documentário, além de apresentações culturais do grupo “Os Compadres da Cultura”, que através do tema “Nossa cidade tem história, tem artistas, tem cultura” irá apresentar leitura dramatizada com citações de cordéis. Já o encerramento fica por conta das apresentações do Mestre do Coco de Pernambuco, Coco de Seu Zé Moleque, Zeca Pastory e dança com o grupo Essência Flamenca.
Segundo o gerente de Cultura e Lazer, Sérvulo Ferreira, o festival é uma forma de movimentar o turismo e também transmitir o conhecimento histórico da cidade. “Esse momento é uma grande oportunidade de atrair o turismo, aquecer a economia e também, mostrar a cultura cabense através da música, teatro, história, turismo e dança”, disse. “Nesta primeira edição, por exemplo, teremos apresentações da dança flamenca, que é uma típica da Espanha, terra de Vicente Yáñes Pinzón”, acrescentou ele.
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO
SEXTA-FEIRA (25/01)
19 h- ABERTURA – CINEMA NA PRAÇA – EXIBIÇÃO DOS DOCUMENTÁRIOS
19h20 – CABO RUÍNAS E MONUMENTOS –
19h35 – MESTRES DO COCO DE PERNAMBUCO –
SÁBADO (26/01)
19h – ABERTURA
19h30 – APRESENTAÇÃO TEATRAL
OS COMPADRES NA CULTURA – “Leitura dramatizada”
Cordel – Nossa cidade tem história tem artistas tem cultura
20h – GRUPO ESSÊNCIA FLAMENCA – POR CIDA PORPINO
20h40 – COCO DE SEU ZÉ MOLEQUE
21h30 – MESTRES DO COCO DE PERNAMBUCO
22h10 – ZECA PASTORY
HISTÓRIA – Vicente Yañez Pinzón nasceu em 1462, na cidade portuária de Palos de la Frontera, na costa atlântica da Andaluzia. Com recursos próprios, Vicente Pinzón saiu de sua cidade, em 19 de novembro de 1499, com quatro pequenas caravelas para ir em busca de novas terras.
A procedência da descoberta do Brasil foi incansavelmente disputada, à época, entre espanhóis e portugueses. Dúvidas também surgiram sobre a exata localização apontada por Pinzón. As descrições levaram historiadores e geógrafos a defender teses de que o espanhol poderia ter aportado na atual Ponta do Mucuripe, em Fortaleza ; Cabo de São Roque, no Rio Grande do Norte ou ainda na Ponta do Seixas, na Paraíba. O caso é que a população do Cabo de Santo Agostinho reconhece o feito do navegador Vicente Yañez Pinzón, em 26 de janeiro de 1500. E passou a creditar esta data, simbolicamente, como a do descobrimento do Brasil pelos espanhóis.
Texto: Beatriz Lima – Estagiária da Secom/Cabo