De acordo com a Comissão Estadual de Honorários Médicos de Pernambuco (CEHM-PE), as normas adotadas pelo plano de saúde, são inaceitáveis e elas não podem atentar contra a autonomia do médico, frente às necessidades de seus pacientes
Na quinta-feira passada (25/05/23), o presidente da Comissão Estadual de Honorários Médicos de Pernambuco (CEHM-PE), Mario Fernando Lins se reuniu, em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), de forma presencial e virtual, na sede do Sindicato dos Médicos de Pernambuco, situada à Av. João de Barros, na Boa Vista/Recife, com os médicos ortopedistas e traumatologistas que prestam serviço à SulAmérica. Na ocasião, o presidente Mário Lins, enfatizou sobre a atuação da CEHM PE em prol de resultados e conquistas expressivas para todos, nos últimos anos; demonstração inequívoca da coesão e mobilização da categoria médica pernambucana.
Após os informes e esclarecimentos, os médicos ortopedistas e traumatologistas deliberaram soberanamente por informar à SulAmérica a posição da categoria, referente à honorários, materiais e medicamentos necessários para realização de infiltrações articulares com viscosuplementador.
Segundo os especialistas é frequente, atender pacientes portadores de doença degenerativa articular, que acomete mais de uma articulação. Dentro das novas normas definidas pela operadora de plano de saúde para este tratamento, o médico teria sua liberdade de intervenção prejudicada, sendo-lhe permitido tratar apenas uma articulação a cada seis meses. Além disso, outro aspecto que limita a atividade do ortopedista, são as normas impostas para as infiltrações que não utilizam ácido hialurônico, como o corticoide, medicamento que diminui significativamente a dor do paciente.
Os ortopedistas e traumatologistas consideram essas normas inaceitáveis. Operadoras de planos de saúde não podem atentar contra a autonomia do médico, frente às necessidades de seus pacientes.
Mario Lins, assinalou que a data de 25 de maio, representa um marco na luta contra as operadoras de planos de saúde. “Os médicos ortopedistas e traumatologistas se posicionaram contrários às novas condutas adotadas pela operadora, onde o tratamento com viscosuplementador se restringe a uma articulação, como se tivéssemos um só joelho, um só cotovelo, uma só mão. Os especialistas repudiaram esse modelo. Já encaminhamos à SulAmérica ofício, explicando os motivos do não acatamento dessas normas. A autonomia do médico é sagrada e inegociável.”, ressaltou.
Os profissionais solicitaram uma reunião urgente com representantes da SulAmérica, a fim de esclarecer dúvidas e mal entendidos, que venham por em risco a harmonia existente entre as partes.
A CEHM-PE seguirá firme na luta em defesa da união das entidades médicas e dos direitos e reivindicações dos médicos pernambucanos. Importante ressaltar, que o diálogo, equilíbrio e bom senso, devem sempre prevalecer, nesses delicados momentos da negociação.
