Especialista Paulo Saunders, afirma que o glaucoma pode ser considerado uma doença silenciosa e ser causa de cegueira irreversível
No Brasil, o dia 26 de maio é intitulado como o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, doença ocular que acomete o nervo óptico, estrutura responsável por levar a imagem captada pelos olhos até o cérebro. A doença está relacionada na maioria dos casos ao aumento da pressão ocular, e quando elevada, acaba danificando o nervo causando o comprometimento do campo visual.
Um levantamento realizado pelo Ibope Inteligência, no ano de 2020, através da pesquisa “Um olhar para o glaucoma no Brasil”, reuniu 2.700 participantes nos estados de São Paulo Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia, Ceará e Pernambuco, mostrando que cerca de 41% dos entrevistados afirmaram não conhecer a doença, e 53% desconhecem o fato de que o glaucoma possui a maior probabilidade de cegueira irreversível, por isso a importância de enfatizar e colocar o tema em questão.
De acordo com o oftalmologista Paulo Saunders, do Oftalmax, o tratamento pode ser realizado através de colírios, laser ou até mesmo por cirurgia, onde será possível ter um controle da doença, pois ela não tem cura. “A maioria dos casos pode ser tratada com colírios para redução da pressão ocular, em outras situações é necessária a aplicação de raios laser, e existe uma minoria que são considerados os casos mais graves que necessitam de fato do procedimento cirúrgico para tratamento do glaucoma”, afirma.
Com base em dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 900 mil brasileiros são diagnosticados com glaucoma. Pacientes com alto grau de miopia, diabéticos, parentes portadores de glaucoma e pessoas com mais de 40 anos de idade devem estar sempre atentos à realização dos exames de rotina.
A patologia pode se desenvolver durante meses ou até mesmo anos sem apresentar sintomas, por isso é crucial a consulta periódica com o oftalmologista, para evitar complicações, principalmente por se tratar de uma doença silenciosa. “É indispensável uma consulta anual com o médico oftalmologista para que seja possível realizar o diagnóstico precoce e tratamento adequado para os casos necessários”, destaca Paulo Saunders.
