Fonoaudióloga Gisela Borges alerta sobre o Dia Nacional de Combate à Disfagia

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Dificuldade para engolir, acomete no Brasil, 16% a 22% da população acima de 50 anos, atingindo índices de 70% a 90% em pessoas idosas

No próximo dia 20 de março é comemorado o Dia Nacional de Atenção à Disfagia, com o intuito de alertar a população sobre o seu risco e também sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces. Afinal, a deglutição é o processo de levar o alimento da boca até o estômago que deve ser feito com segurança e eficácia. Esse processo é de fundamental importância para a manutenção das condições biológicas, sociais e emocionais de qualquer indivíduo.

A disfagia, ou dificuldade para engolir, acomete, no Brasil, 16% a 22% da população acima de 50 anos, atingindo índices de 70% a 90% em pessoas idosas. Por isso, desde 2010, o dia 20 de março foi escolhido para chamar atenção para esse problema em nível nacional. “A disfagia é uma alteração no trajeto do alimento da boca até o estômago, causada por múltiplas condições que afetam tanto a deglutição – disfagia orofaríngea por dificuldade de engolir – como a progressão de conteúdos pelo esôfago – disfagia esofágica por obstruções ou disfunções do trânsito alimentar”, explica a fonoaudióloga do Hospital Maria Vitória, Dra. Gisela Borges.

As principais causas de disfagia são doenças neurológicas – sequela de AVC, demência, doença de Parkinson – câncer de cabeça e pescoço, câncer, problemas esofágicos, assim como sarcopenia, entre outras. Isso causa sintomas como tosse, engasgo, dor para engolir, sensação de alimento parado na garganta ou no peito. Trata-se de problema que pode influenciar diretamente a ingestão de líquidos e alimentos, podendo se associar à desnutrição e à desidratação.

Quando há alguma alteração no mecanismo de deglutição, a saliva, alimentos, líquidos ou comprimidos podem entrar nas vias aéreas em vez de serem direcionadas ao esôfago. Estes episódios são chamados de penetração ou aspiração de alimento. Quando a aspiração ocorre com grande frequência ou volume, o indivíduo pode apresentar complicações sérias de saúde, como pneumonia aspirativa, podendo ir até a óbito.

Ainda de acordo com Gisela, o fonoaudiólogo é o especialista que avalia, diagnostica e trata as alterações da deglutição. Disfagias com alteração na fase esofágica geralmente são tratadas por médicos tais como clínicos, otorrinolaringologistas ou gastroenterologistas, dependendo do comprometimento específico.

A partir da avaliação de cada indivíduo que apresente queixa ou sintoma, o fonoaudiólogo discutirá o caso com o médico responsável e irá elaborar uma estratégia de intervenção que possibilite uma alimentação segura, sem risco dos alimentos e/ou líquidos entrarem nas vias aéreas. “Vale ressaltar que é muito importante investigar a causa que levou ao desenvolvimento da disfagia, para que o tratamento seja adequado. Por isso, o diagnóstico precoce é essencial, pois a disfagia pode levar a sérias complicações”, conclui.

SERVIÇO:

Hospital Maria Vitória

Diretora Técnica Médica: Dra. Jacyra Santa Rosa da Silva – CRM-PE 6658

Endereço: Avenida Doutor José Rufino, 1050, Areias.

Instagram: @hospitalmariavitoria

 

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