Publicação assinada pelo jornalista José Ambrósio, será lançada nesta sexta-feira (27), no Shopping Costa Dourada, no Cabo de Santo Agostinho, às 16h
Rádio Calheta FM: 20 anos fazendo valer os direitos do povo cabense. É esse o título do livro que conta a história da emissora considerada patrimônio da cidade do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife, e que será lançado amanhã (sexta-feira 27.09), no Shopping Costa Dourada, às 16h.
Em 160 páginas, a publicação assinada pelo jornalista José Ambrósio dos Santos narra a trajetória de duas décadas da rádio comunitária pioneira na cidade. Idealizada pelo radialista Ely José, conhecido por Batata – nome de personagem matuto que interpretou durante muito tempo – a emissora enfrentou muitas dificuldades, mas superou todas contando com forte apoio da população, que desde o início, em 22 de dezembro de1998, identificou no veículo o meio que assegurava vez e voz às comunidades.
Essa identificação, fortalecida com o estímulo ao exercício da cidadania no slogan que se tornou mantra na emissora – faça valer o seu direito de cidadão/cidadã cabense – chegou a levar o povo às ruas em duas ocasiões para pedir a sua reabertura. É que em duas ocasiões, nos primeiros anos, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) interditou a Rádio Calheta. Era muito recente a regulamentação das rádios comunitárias pelo Governo Federal (Lei 9.612, de 19 de fevereiro de 1998), o que exigiu muitas idas e vindas de Ely José a Brasília até obter a autorização para funcionamento.
O livro tem depoimentos de líderes comunitários, empresariais, sindicais e políticos que atestam e enaltecem o sentimento de que a emissora desempenha papel fundamental na consciência cidadã dos cabenses. “Temos de fato na Rádio Calheta um espaço livre da comunicação autêntica, dinâmica e livre como deve ser a democracia da fala, o poder da fala, o direito da fala, da expressão de todas as formas, de todos os pensamentos”, afirma Nivete Azevedo, Coordenadora do Centro das Mulheres do Cabo (CMC).
A presidente do Sindicato dos Professores do Cabo (SINPC), Joseilda Vicente Lima Barbosa, ressalta perceber, nos diversos programas, “ser a Rádio Calheta um meio de transformação da sociedade.” Já o professor, escritor, artista plástico e membro da Academia Cabense de Letras, Ivan Marinho, define a emissora em uma frase rápida e direta: “Uma rádio livre a serviço do povo!”
“Quando, em razão de queda no fornecimento de energia elétrica, a rádio fica fora do ar, o povo diz estar sem voz”, conta Ely José, o que reforça o sentimento de muitos de que a emissora se transformou em um patrimônio da cidade.
A publicação também traz depoimentos que mostram ter a Rádio Calheta revelado muitos talentos, despertado vocações e impulsionado carreiras ao longo desses 20 anos. São dezenas de comunicadores que hoje atuam em Pernambuco e outros estados. Radialistas e jornalistas que atuam em rádios comerciais, jornais, emissoras de televisão e assessorias de imprensa.
EXPOSIÇÃO – O lançamento do livro encerra as festividades pelos 20 anos da emissora, iniciadas com uma exposição comemorativa no Shopping Costa Dourada, entre os dias 23 e 27 deste mês. São exibidos materiais dos primórdios da rádio, como microfones, mesa de som e fotos que ajudam a contar a história da emissora.
A exposição sobre os 20 anos da Rádio Calheta, na Praça de Eventos do centro de compras, recebe o público conforme o horário de funcionamento do shopping.
SERVIÇO:
Lançamento do livro: ‘Rádio Calheta FM, 20 anos fazendo valer os direitos do povo cabense’
Dia: sexta (27.09)
Hora: 16h
Local: Área de Lazer do Shopping Costa Dourada, Cabo de Santo Agostinho