Em 2019, nove mulheres foram vítimas de homicídio no Cabo. Dois crimes foram configurados como Feminicídio.
Por Rafael Negrão (Ascom CMC)
As meninas, mulheres idosas, negras, jovens, capoeiristas, deficientes, agricultoras, lideranças comunitárias, ativistas, surfistas, professoras foram às ruas na tarde de ontem (10), exigir o fim da violência contra a mulher e a igualdade de direitos percorrendo as principais ruas do Cabo de Santo Agostinho.
A Caminhada das Mulheres Cabenses pela Igualdade de gênero é um evento tradicional realizado há 35 anos pelo Centro das Mulheres do Cabo (CMC), em alusão ao 8 de Março – Dia Internacional da Mulher.
“Estamos nas ruas pelos direitos de todas as mulheres para que nenhuma mulher seja assassinada e tenham seus direitos resguardados”, afirmou Nivete Azevedo coordenadora geral do CMC.
Quem marcou presença no ato foram os filhos de Eudina Sobral que foi vítima do feminicídio ano passado, nas vésperas do 8 de Março. “Nós estamos aqui exigindo Justiça e em memória da nossa mãe que foi assassinada covardemente por um homem que fazia ameaça e infelizmente ela não acreditava”, desabafou a filha dela Jane Sobral.
O evento contou com diversas atrações culturais que foram comandadas por mulheres, entre os grupos que se apresentaram Papoulas Lilás, Coral Cabo Prev, cantora Ava Guimarães, Mcs Nanny Nagô e Flikiana.
Fotos: Rafael Negrão e Wilson Firmo