Paulo Câmara institui o Dia da Ciranda e anuncia cirandeiros como grandes homenageados da Fenearte 2019

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Foto: Heudes Regis/SEI

Manifestação cultural tipicamente pernambucana terá o dia 10 de maio como data no calendário estadual e a feira de artesanato vai exaltar os ícones dessa expressão cultural

Uma cerimônia para prestar homenagens. O governador Paulo Câmara sancionou, na tarde desta sexta-feira (10/05), no Palácio do Campo das Princesas, a lei que institui o Dia Estadual da Ciranda, manifestação cultural tipicamente pernambucana, que agora terá uma data no calendário do Estado. A escolha se baseou no nascimento do Mestre Baracho (in memoriam). Com origens enraizadas na Ilha de Itamaracá, o ritmo, que marcou a celebração, será lembrado todo dia 10 de maio.

O chefe do Executivo Estadual aproveitou o momento para anunciar também os grandes homenageados da 20ª Feira Nacional de Negócios do Artesanato – Fenearte, que se realizará entre os dias 3 e 14 de julho, no Centro de Convenções de Pernambuco, e terá como tema justamente a Ciranda. São eles: Mestre Baracho (in memoriam), Dona Duda e Lia de Itamaracá. As duas últimas marcaram presença na solenidade no Palácio. Baracho foi representado por dona Biu e dona Dulce, suas familiares.

Em seu discurso, o governador Paulo Câmara exaltou o simbolismo e a representação artística da Ciranda, e destacou a importância das personalidades escolhidas. “Essa expressão artística representa e traz unidade, alegria e bem estar para quem se expressa através dela. E é muito bom saber que a Fenearte, na sua vigésima edição, vai homenagear essas três pessoas que tanto fizeram e fazem pela cultura em Pernambuco”, afirmou o governador.

Estiveram presentes à cerimônia a primeira-dama Ana Luiza Câmara, a vice-governadora Luciana Santos, os secretários estaduais Bruno Schwambach (Desenvolvimento Econômico), Albéres Lopes (Trabalho, Emprego e Qualificação) e o Coronel Carlos José (Casa Militar), os deputados estaduais Antônio Fernando e Waldemar Borges, o presidente da Fundarpe, Marcelo Canuto, o diretor-presidente da Ad Diper, Roberto Abreu e a diretora de Promoção do Artesanato e Economia Criativa, Márcia Souto, além de mestres cirandeiros, como o Santino.

Autor do projeto que originou a lei, de nº 77, o deputado estadual Waldemar Borges justificou o peso da cultura pernambucana no contexto nacional. “Esse ato, que a gente realiza hoje aqui, é um ato tão simples, mas tão carregado de um forte simbolismo. Primeiro, porque tudo que diz respeito à cultura pernambucana tem símbolos fortes. Pernambuco é um Estado reconhecido nacionalmente por ter a mais diversificada e tangente expressão cultural desse País”, defendeu Borges.

Marcelo Canuto, da Fundarpe, posicionou a iniciativa como parte da política de valorização cultural do Governo do Estado. “Tudo isso se agrega à política cultural do Estado, uma política que foi construída já faz um certo tempo e vem sendo consolidada no atual governo e é muito claro ver que hoje ela está consolidada. A gente vê no calendário do ano, quando olhamos para os nossos ciclos, os próprios editais já prevêem, no mínimo, 35% de contratação de manifestações culturais”, argumentou o presidente da Fundarpe.

O secretário Bruno Schwambach classificou esta sexta-feira como um grande dia para a cultura popular, e ressaltou a Fenearte como um importante evento da promoção da cultura de Pernambuco. “É a maior feira de artesanato da América Latina, onde é a culminância de um projeto maior, que é o artesanato de Pernambuco, que é realizado o ano inteiro. Conseguimos articular nesse arranjo produtivo local e envolver cerca de mil artesãos no Estado inteiro”, explicou o secretário.

A Fenearte, assim como o Centro de Artesanato de Pernambuco e outras iniciativas do Governo do Estado, tem como objetivo valorizar e estimular o potencial de crescimento dos artesãos e artesãs. No universo cultural da Ciranda, ressalta-se não apenas a dança, o canto, mas também a figura do mestre ou da mestra, que tem papel crucial por congregar saberes, práticas, respeito e reconhecimento. “Essa homenagem, esse reconhecimento, é bom, porque está sendo feito com a pessoa viva. A ciranda tem que ser valorizada. Eu sou uma cirandeira, eu grito. E a gente deve ser valorizada pelo trabalho”, disse, com orgulho, Lia de Itamaracá, uma das homenageadas e grande ícone do ritmo em Pernambuco.

 

 

 

 

 

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