Refazer os Caminhos, é o artigo de Paulo Eduardo de Barros Fonseca

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Paulo Eduardo de Barros Fonseca é vice-presidente do Conselho Curador da Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho, mantenedora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

Refazer os Caminhos

Paulo Eduardo de Barros Fonseca

Cultivar o bom ânimo, os pensamentos saudáveis, as ações produtivas, acreditando naquilo que estamos realizando, colabora para o equilíbrio, o reequilíbrio e o bem-estar do corpo e do espírito.

A impaciência, por sua vez, desequilibra os processos internos e externos da natureza que existe em cada um de nós e, muitas vezes, altera nosso modo de ver e enfrentar as dificuldades do cotidiano.

Optar por uma ou outra postura comportamental e mental depende de cada pessoa.

A ciência estuda essa questão e apresenta dados que demonstram que o ser humano é mais propenso à impaciência, à ansiedade, ao pontuar que 80% (oitenta por cento) das pessoas sofrem, se martirizam, pensando em questões ou fatos passados; 15% (quinze por cento) com eventos futuros; e, apenas 5% (cinco por cento) das pessoas vive com vigor o momento presente.

De um lado, a humanidade se esquece que se erramos, já é passado e agora, reconhecendo o erro, temos a chance de remediar esse equívoco. A consciência de culpa trará a insegurança, sendo obrigatório que busquemos nossa reabilitação. De outro lado, se temos de enfrentar algo desafiador no futuro, devemos nos preparar agora para esse momento que virá.

A estatística também evidencia que, ao ficar remoendo o passado ou procurando imaginar o que vai acontecer no futuro, 95% (noventa e cinco por cento) dos quase 8 (oito) bilhões de habitantes encarnados no planeta desperdiçam tempo precioso e criam verdadeiros conflitos internos que acabam por causar uma grande aflição comportamental.

Isso gera um crescente processo de ansiedade e as pessoas se perturbam e se desequilibram, perturbando e desequilibrando aqueles que as rodeiam.

Ocorre que a ansiedade é a falta de segurança nos desígnios divinos, de modo que, ao ficar preso ao passado ou buscar se precipitar a imaginar o futuro, as pessoas se esquecem que a trajetória da vida é construída com o desenvolvimento dos potenciais, dos talentos inatos de cada pessoa e com a superação de seus limites.

Daí ser importante buscar entender e praticar as lições de Jesus sobre o amor ao próximo como a si mesmo, a solidariedade terrena, a compaixão e a importância das orações, que geram energias otimistas e de fé, propiciando-nos equilíbrio psicológico e espiritual, trazendo-nos a sensação de paz.

Considerando que a evolução é a lei do universo, a história de vida de cada pessoa é a resultante do somatório de experiências vividas, bem como a trajetória da vida é um caminho construído livremente pelo espírito ao interagir de forma consciente e consequente consigo mesmo, com os outros, com a natureza, com o Universo.

Assim, sem desperdiçar o tempo porque tempo é vida, devemos olhar com gratidão para o passado, com paixão para o presente e com esperança para o futuro, mesmo porque sempre teremos a oportunidade para refazermos caminhos em busca da redenção.

Paulo Eduardo de Barros Fonseca é vice-presidente do Conselho Curador da Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho, mantenedora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP).

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