Santa Cruz 2, Náutico zero: Uma Santa vitória

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Por José Ambrósio*

Santa Cruz 2, Náutico zero. Uma vitória maiúscula e incontestável do tricolor, no Estádio do Arruda, no primeiro Clássico das Emoções de 2020, confirmando a boa fase e a razão de estar liderando com folga o Campeonato Pernambucano de Futebol.

O Santinha dominou a partida inteira desde o primeiro minuto do jogo. Além de não deixar o Náutico jogar, estava constantemente rondando a grade área adversária, dando a certeza aos tricolores de que o gol (primeiro) sairia a qualquer momento.

O Náutico não transparecia afobação, talvez acreditando que não tardaria e encontraria seu melhor futebol e resolveria o jogo, mesmo no campo do adversário. Arrogância? Talvez.

Nas arquibancadas, nos lares, em todos os lugares via telinha de TV, de telefones celulares e também pelo rádio, a empolgação da Nação Tricolor era enorme. Com a abertura do placar a euforia não tinha tamanho. E com a marcação do segundo gol, delírio.

Fico pensando na alegria dos pequenos torcedores tricolores. Nossa! Coração em disparada.

No meio da semana, Lucas Ferreira, de apenas 13 anos de idade, já estava ansioso para assistir ao confronto deste domingo que abriu o mês de março. Apaixonou-se pelas três cores por influência do pai, o repórter fotográfico Marcelo Ferreira, amigo de longas datas.

Lhe disse que seria um bom jogo, mas o que se viu foi um jogo de um time só. O Náutico nem de longe lembrou o time que dobrou o Sport recentemente pela Copa do Nordeste e empatou (merecendo a vitória) com o Botafogo (RJ) pela Copa do Brasil, perdendo depois nos pênaltis.

Não costumo comentar futebol, campo no qual jamais se alcança consenso. Paixões sempre à flor da pele. Verdades indiscutíveis para os dois lados. Perdendo ou ganhando.

Esta crônica é uma homenagem a Lucas e também ao grande tricolor que certamente teria vibrado muito com a vitória se não tivesse se despedido de nós na última quarta-feira (26.02), Douglas Menezes. A camisa tricolor o acompanhou até o túmulo. E o tri-tri-tricolor foi ecoado no minuto final.

Uma vitória justa em um momento que me parece bastante oportuno e que em momento algum contrariou este alvirrubro. Que o jovem Lucas cresça sabendo respeitar os adversários principalmente nas vitórias (sei que a “gréia” é irresistível para muitos), compreensão que fortalece os relacionamentos. Até porque esses adversários (torcidas de clubes) estão nos nossos lares, na família, nos amigos.

Abraço ao meu irmão Antônio Marques, tricolor desde pequenininho.

Candeias, 1º de março de 2020

*José Ambrósio é jornalista e membro da Academia Cabense de Letras

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