Saúde e Comunicação relacionadas à população trans, é discutida na UFPE, no Seminário “A Voz Que Empodera”

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Acolhimento às pessoas trans e os desafios enfrentados estiveram em debate

Três profissionais do HC estiveram presentes e ministraram palestras com tópicos específicos,durante a mesa interprofissional do seminário

Discutir as questões que envolvem os aspectos da saúde e comunicação da população trans foi o objetivo do seminário “A Voz Que Empodera: Saúde e Comunicação para Transgêneros”, que teve a sua primeira edição realizada durante a tarde de ontem (9), no auditório da Associação de Docentes da UFPE (Adufepe). O seminário foi organizado pelo Departamento de Fonoaudiologia da Universidade, em parceria com o Serviço de Fonoaudiologia do Hospital das Clínicas, sendo um evento relacionado ao projeto de extensão “A Voz Que Empodera” do próprio departamento. O HC é uma unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

Para discutir as temáticas elencadas pelo evento, três profissionais do HC estiveram presentes e ministraram palestras com tópicos específicos durante a mesa interprofissional do seminário. A primeira das palestras foi apresentada pela psicóloga Mônica Mota, do Espaço Trans do hospital, que discorreu sobre o acolhimento às pessoas trans e os desafios enfrentados durante esse processo. A profissional explicou de forma detalhada como o acolhimento ocorre, focando especialmente no desafio da sensibilização dos profissionais do hospital sobre a questão e em como o Espaço Trans do HC atua nisso.

Já a segunda palestra foi ministrada pelo preceptor do Serviço de Endocrinologia do HC Erik Trovão, tendo como temática o tratamento hormonal dessa parcela da população. Dado o mote do seminário, o foco da apresentação foi na voz dos homens e mulheres trans e em como o tratamento hormonal influi nessa questão. “Enquanto o tratamento hormonal dos homens trans é mais eficaz, com a testosterona provendo claras modificações na voz num dado espaço de tempo, o tratamento com mulheres trans, por exemplo, segue parâmetros diferentes, já que o estrogênio não é capaz de trazer modificações significativas na voz”, pontuou durante a explicação. Também foram abordadas questões éticas relacionadas à terapia hormonal e dada uma breve linha do tempo das conquistas da saúde pública em prol de um melhor atendimento às pessoas trans.

Posteriormente, o chefe do serviço de Otorrinolaringologia do HC, Bruno Moraes, continuou a discutir sobre a questão da voz na sua palestra “Cirurgias Laríngeas”. O seminário seguiu com uma discussão sobre a importância da atuação fonoaudiológica com a população trans e também com depoimentos de homens e mulheres trans. Mais informações sobre o projeto de extensão podem ser encontradas no Instagram.

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