
Estudante de mestrado em física e outros suspeitos foram presos no Recife e em Jaboatão dos Guararapes. Polícia investiga se maconha e cocaína eram vendidos em campus.
Um aluno de mestrado em física da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e mais quatro homens foram presos por suspeita de integrar uma quadrilha de tráfico de drogas que atuava no Grande Recife. Segundo a Polícia Civil, o grupo comercializava cocaína e maconha usando uma máquina de cartão, para vendas no crédito e no débito.
Nesta sexta-feira (12), a Polícia Civil informou, durante entrevista coletiva no Recife, que investiga se as drogas seriam vendidas no campus da universidade, na Zona Oeste da capital pernambucana.
A polícia disse, ainda, que a operação que resultou na prisão da quadrilha começou com denúncias sobre ameaças de morte feitas contra os suspeitos por outros traficantes.
Os cinco homens foram presos na quinta-feira (11), na capital pernambucana e em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana. O universitário, de 26 anos, estava em um prédio de luxo na Lagoa do Araçá, na Zona Sul do Recife.
“Com ele, apreendemos cocaína, maconha e duas armas de fogo”, diz o delegado Victor Hugo, da delegacia da Muribeca, em Jaboatão. A polícia não repassou informações sobre as profissões dos outros presos nem onde ocorreram as capturas.
As drogas tinham origem no Rio Grande do Norte, segundo a polícia. Após a apreensão, os entorpecentes foram avaliados em R$ 20 mil.
“Agora, vamos investigar de quem essa droga era comprada e se existem outras pessoas ligadas a esse grupo”, diz. Os detidos foram encaminhados a audiências de custódia em Jaboatão dos Guararapes e no Recife.
A reportagem entrou em contato com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) e aguarda retorno sobre o resultado das audiências.
Resposta
Questionada sobre a prisão do estudante de mestrado, a UFPE afirmou, por meio de nota, que não comentaria o caso, “uma vez que não ocorreu dentro das dependências da universidade”.
Também na nota, a Superintendência de Segurança Institucional da universidade informa que transfere o assunto para os órgãos especializados no combate ao tráfico de drogas.
G1PE