Nutricionista e docente do curso de Nutrição do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), Crístines Melo, explica sobre a dosagem e as consequências do uso excessivo
Tomar creatina tem se tornado comum para quem pratica algum tipo de atividade física, seja musculação ou até mesmo corrida. Isso se deve aos benefícios já confirmados cientificamente, trazidos pelo aminoácido, como a produção de energia para as células musculares, o que melhora a força e, consequentemente, contribui para o ganho de massa muscular.
Mas, apesar dos seus benefícios, o consumo indiscriminado também pode causar efeitos maléficos. Entre os riscos estão desconfortos gastrointestinais (náuseas, diarreia), cãibras, desidratação e, em casos mais graves, problemas hepáticos e renais, salientando que o uso correto da creatina não causa danos renais.
“A creatina é um dos suplementos mais estudados e seguros quando usada corretamente. No entanto, o uso excessivo ou sem acompanhamento pode trazer riscos, como sobrecarga renal e hepática, especialmente em pessoas com predisposição a doenças nesses órgãos”, explica o nutricionista e docente do curso de Nutrição do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), Crístines Melo.
Por isso, o acompanhamento de um nutricionista é essencial para avaliar a real necessidade da suplementação, ajustar a dosagem e garantir a segurança do uso, além de orientar sobre hidratação e alimentação adequadas.
“A dose padrão mais segura é de 3 a 5 g por dia, sendo suficiente para a manutenção dos níveis musculares. Fases de saturação, com doses maiores, são opcionais e devem ser feitas com orientação profissional”, destaca Crístines.