Crise nas maternidades públicas do interior, provoca superlotação nas unidades de Recife

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O Hospital da Mulher, inaugurado em 2016 pela Prefeitura do Recife como uma unidade de referência,até hoje não abriu leitos destinados às gestantes de alto risco, o que poderia desafogar os hospitais Barão de Lucena, Agamenom Magalhães, Hospital das Clínicas, Instituto de Medicina Integral Fernando Figueira (IMIP) e Centro de Saúde Integrado Amaury de Medeiros (CISAM).

em algumas das maternidades da capital, o número de pacientes chega a atingir 200% da quantidade de vagas disponíveis

O atendimento materno-infantil na rede pública de saúde em Pernambuco enfrenta problemas. Um dos mais graves é a falta de assistência ao parto em diversas cidades do interior do Estado, principalmente às gestantes de alto risco. A situação obriga as mulheres grávidas se deslocarem para a capital para terem seus filhos longe da família e dos municípios onde vivem.

Sem assistência, essas gestantes se deslocam para as maternidades localizadas no Recife, que não estão estruturadas para receber um público além da capacidade de atendimento. O quadro atual é de superlotação nas unidades de saúde. Além disso, o excesso de pacientes provoca falta de insumos e material de trabalho, além de resultar na sobrecarga dos profissionais médicos que trabalham nas maternidades públicas.

De acordo com a ginecologista e obstetra Claudia Beatriz Camara, vice-presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco, a situação é ainda mais grave na assistência às mulheres com gestação de alto risco, oferecida em apenas cinco unidades de saúde localizadas no Recife. São elas:  os hospitais Barão de Lucena, Agamenom Magalhães, Hospital das Clínicas, Instituto de Medicina Integral Fernando Figueira (IMIP) e Centro de Saúde Integrado Amaury de Medeiros (CISAM).

“Em algumas dessas maternidades, o número de pacientes chega a atingir 200% da quantidade de vagas disponíveis”, alerta Claudia Beatriz.  A obstetra lamenta que o Hospital da Mulher, inaugurado em 2016 pela Prefeitura do Recife como uma unidade de referência, até hoje não tenha aberto leitos destinados às gestantes de alto risco.

Fonte: Ascom/Simepe

 

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