
Categoria também fará ato em frente ao prédio da Secretaria Estadual de Administração, no Pina, a partir das 8h.
Auxiliares e Técnicos em Enfermagem da rede estadual decretam paralisação de 24h, a partir da segunda-feira (09/12). Nessa mesma data, será realizado um grande ato pelo Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem de Pernambuco (SATENPE), em frente ao prédio da Secretaria de Administração, no Pina. A concentração será a partir das 8h.
Essa medida foi deliberada pela categoria em audiência pública, ocorrida no último dia 13 de novembro na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Desde então, nenhuma resposta foi apresentada pela Secretaria de Administração sobre a Pauta de Reivindicações encaminhada pelo sindicato. Durante a paralisação, o efetivo mínimo será garantido cumprindo a Lei de Greve.
De acordo com o presidente do SATENPE, Francis Herbert, a paralisação tem o objetivo de sensibilizar o Governo do Estado em relação aos problemas apresentados pela categoria, como também, contar com o apoio da sociedade, no tocante ao compromisso assumido pela categoria em trabalhar salvando vidas, oferecendo uma assistência à saúde dos usuários do SUS com mais segurança. “Estamos na luta para garantir os princípios da integralidade, universalidade e equidade que orientam o SUS, sem jamais desistir da valorização e reconhecimento dos nossos profissionais que, todos os dias, estão sob as piores condições de trabalho e seguem doando suas vidas para servir ao povo pernambucano”, destacou.
Francis denunciou a precarização das condições de trabalho, como a falta de insumos e de estrutura que, por muitas vezes, leva o trabalhador a ser penalizado injustamente e a falta de reajuste salarial há mais de 10 anos. “Somos uma categoria que não possui isonomia salarial com quatro faixas de remuneração distintas, déficit de profissionais nas unidades e falta de equipamentos e de materiais de trabalho. Esses problemas têm causado o adoecimento dos trabalhadores, sem um amparo. Mesmo assim, superamos todas as dificuldades diariamente”, completou.
Ele enfatizou ainda a grave situação estrutural do Hospital Getúlio Vargas, no Recife, que teve os blocos G1, G2 e G3 interditados, no dia 4 de dezembro que vem sendo acompanhado pelo SATENPE desde a última quinta-feira (28/11) quando os profissionais sentiram abalos na estrutura do prédio. Uma realidade presente em diversas unidades hospitalares da rede pública estadual que tem causado pânico aos trabalhadores, em especial, a enfermagem de nível médio.
Por que cruzaremos os braços?
– 13 anos fora do orçamento do estado e colecionando perdas salarias;
– Salário-base inferior a um salário mínimo: R$ 774;
– Carga horaria exaustiva e excesso de plantões, causando adoecimento e absenteísmo;
– Crescente número de tentativas de suicídio entre os profissionais de nível médio;
– Falta de material básico para assistência dos pacientes;
– Risco permanente de sofrer violência devido à falta de segurança nas emergências dos principais hospitais;
– Estruturas físicas com graves problemas causando risco de acidente tanto aos pacientes como aos profissionais;