Sociedade Brasileira de Cardiologia em Pernambuco faz alerta à população
A Campanha anual de Prevenção das Arritmias Cardíacas e de Morte Súbita, tem como objetivo conscientizar a população a respeito das medidas preventivas, do diagnóstico e dos tratamentos das arritmias cardíacas. Por isso, a Sociedade Brasileira de Cardiologia em Pernambuco (SBC-PE), encabeça a campanha no estado, para, durante todo o mês de novembro, falar sobre o assunto de maneira simples e direta, desmistificando o tema e tentando provocar o aumento do autocuidado com o coração.
Qualquer pessoa, de qualquer idade, mesmo as aparentemente saudáveis, podem ter arritmias e morte súbita. Com mais de 300 mil óbitos por ano no Brasil, a morte súbita é a pior consequência das arritmias. Geralmente é um evento inesperado e rápido, que leva pouco mais de uma hora entre o início e a finalização do processo. Além disso, menos de 50% dos pacientes com morte súbita têm sintomas prévios. O que demanda cuidados na prevenção da arritmia. Devido a velocidade da ocorrência e sua imprevisibilidade, conseguir identificar rapidamente os casos é essencial para aumentar a chance de sucesso no atendimento. Cada minuto sem socorro diminui em 7% a 10% a chance de sobrevivência.
Existem mais de 20 tipos de arritmias que podem ocorrer em diferentes áreas do coração, como a taquicardia, quando o coração bate rápido demais, e a braquicardia, quando o ritmo é muito lento e descompassado. As arritmias podem causar cansaço, tonteira, desmaios, palpitações, sensação de batimentos rápidos ou lentos, confusão mental, pressão alta, fraqueza e dor no peito. De acordo com o Dr. Eduardo Gadelha, que é cardiologista membro da SBC-PE, é comum que alguns sintomas sejam confundidos com outros problemas e diagnosticados erroneamente. “Os principais sintomas de morte súbita são os desmaios e as tonturas, que devem ser investigados com observação de um cardiologista. Às vezes, ela pode se apresentar também como convulsões, o que comumente pode terminar com um falso diagnóstico de epilepsia, como é o caso de alguns atletas, que muitas vezes não desenvolvem o problema durante a atividade física, mas, não são acompanhados corretamente por um cardiologista”, afirma.
Além de manter uma vida saudável, com uma alimentação balanceada, não fumar e não exagerar no consumo de bebidas alcóolicas, a principal forma de prevenção das arritmias e da morte súbita é a identificação precoce, para criar a tempo uma abordagem direcionada para cada caso. “O que a gente alerta nesse dia é a atenção com o coração. Se é um paciente que já tem alguma cardiopatia estrutural – como doença coronária, doença de Chagas, entre tantas outras – ele deve fazer checkups regulares, de três em três meses, para evitar a morte súbita e mesmo o AVC. Mas, há casos em que pessoas sem problemas no coração também podem apresentar arritmias e morte súbita. Nesses casos, o checkup também deve ser feito, pelo menos uma vez no ano, para pacientes com mais de 30 anos ou para aqueles com problemas cardiológicos na família”, explica Gadelha.