Lerisson chegou ao Brasil em 2013 e apostou no microcrédito para empreender
Para ampliar o conhecimento, adquirir novas experiências, receber mais oportunidades e aumentar a qualidade de vida, o empreendedor Vital Junior Lerisson, natural de Cayes, município localizado no sul do Haiti, chegou ao Brasil em 2013. No Acre, Estado onde foi recebido, ele foi orientado e aceitou a proposta para trabalhar em uma cooperativa no sul do País.
Lerisson enfrentou alguns desafios para buscar a profissionalização em Chapecó, oeste catarinense. Ressaltou que sua maior dificuldade foi exercitar a língua portuguesa. “Na época, recebi o auxílio da empresa onde trabalhei. Compreender as palavras foi difícil, mas consegui assimilar e aprender no período de três meses”, afirma.
Após, considerando os 13 anos de experiência com vendas, manifestou a vontade de criar o próprio negócio e inscreveu-se em um curso de empreendedorismo, no qual aprendeu sobre mercado, finanças e gestão. Ao perceber a dificuldade de outros cidadãos haitianos retornarem ou visitarem outros Países e locomover-se para diferentes Estados, iniciou também um estudo para abrir uma agência de viagens e encaminhou os documentos para registrar-se como Microempreendedor Individual (MEI).
“Busquei adquirir e aprofundar conhecimento porque o empreendedorismo está no sangue. Eu sempre fui empreendedor, mas no Haiti não tive chances de expandir os negócios. Quando cheguei no Brasil, percebi a viabilidade de legalizar o negócio e a oportunidade de criar uma microempresa, além de ter uma renda fixa. No Haiti eu trabalhei com a minha tia, mas o salário sempre foi uma porcentagem das roupas, perfumes e acessórios que vendi”, salienta.
Os haitianos são o público alvo da empresa, que oferece diversos serviços como pacotes de viagens nacionais e internacionais, seguros e aluguel de carros. Para ampliar as condições de pagamento dos consumidores, Lerisson buscou recursos na Credioeste. “O capital de giro é fundamental quando os clientes precisam comprar passagens mais caras. Além de aumentar as possibilidades de parcelamento, também auxilia nas despesas”, explica.
Atualmente, a principal ferramenta de trabalho de Lerisson é o portal online de acesso privado e o WhatsApp. A divulgação do negócio é realizada pela indicação dos próprios clientes. Por isso, os próximos investimentos para impulsionar ainda mais os serviços são o desenvolvimento de um site, a criação das redes sociais e a estruturação de um espaço físico.
Mesmo com vendas positivas dos pacotes, totalizando 10 com um preço médio de R$ 4.500,00, Lerisson almeja novos desafios. Além de trabalhar em uma cooperativa, os estudos também fazem parte de sua rotina. O empreendedor cursa o terceiro período de Administração e planeja o seu novo negócio.
“Eu sinto que estou na minha linha de comodismo. Tudo o que eu faço, além de parecer pouco, também me deixa confortável. Então, encontrei um local parar abrir um mercado e realizar mais um sonho. Após diagnosticar todos os procedimentos para esse novo empreendimento, mais uma vez buscarei a ajuda da Credioeste para concretizá-lo”, enfatiza.
“A Credioeste emprestou R$655 mil somente para haitianos, com o intuito de gerar qualidade de vida e potencializar os negócios. O acesso ao microcrédito auxilia no crescimento e no fortalecimento dos empreendimentos. É o nosso principal objetivo: contribuir para o desenvolvimento das empresas e para o bem-estar das famílias”, conclui a gerente executiva da Credioeste Marcia Biffi.
CREDIOESTE
Caracterizada como uma organização sem fins lucrativos criada para atender empreendedores formais e informais, a Credioeste libera, em até 24 horas, os financiamentos de até 10 mil reais com pagamento de 6 a 24 meses. Fundada em 1999, em Chapecó, completou recentemente 21 anos de atuação e conta com mais três pontos avançados de atendimento – Nonoai (RS), Passo Fundo (RS) e Pinhalzinho (SC).