De acordo com a psicóloga da Clínica Ninho, Mirtes Martins, a chave para promover essa amizade está na educação e no suporte dos pais e educadores
A convivência entre crianças típicas e atípicas pode trazer benefícios significativos para ambas, promovendo empatia, compreensão e aceitação das diferenças. No contexto do autismo, essa interação é ainda mais valiosa, pois contribui para o desenvolvimento social e emocional de todas as crianças envolvidas.
De acordo com a psicóloga da Clínica Ninho, Mirtes Martins, a chave para promover essa amizade está na educação e no suporte dos pais e educadores. “É essencial que os pais de crianças típicas conversem com seus filhos sobre o autismo, explicando que algumas crianças podem pensar e agir de maneiras diferentes, mas que isso não diminui a possibilidade de uma grande amizade”, afirma Mirtes.
Naturalmente, construir amizades pode ser um desafio significativo para crianças com TEA. Embora esses vínculos afetivos possam ser complexos, eles são cruciais para o desenvolvimento social da criança. O processo de formação de laços começa em casa, com a família desempenhando um papel fundamental. Os pais e familiares são os primeiros modelos de comportamento e suas interações estabelecem a base para futuras relações de amizade.
Apesar dos desafios, é possível e necessário que crianças autistas formem laços com seus colegas. A inclusão na escola e a participação em atividades são essenciais para que essas crianças se sintam parte do grupo. Quando uma criança com TEA é incentivada e aceita no ambiente escolar, ela pode desenvolver habilidades sociais mais facilmente. Isso cria um ambiente mais acolhedor e menos exigente, permitindo que a interação social se torne uma experiência positiva e enriquecedora para todos os envolvidos.
Ainda de acordo com a psicóloga Mirtes Martins, atividades compartilhadas, ter um ambiente acolhedor e uma comunicação aberta, fomentam uma convivência mais tranquila. “A amizade entre crianças típicas e atípicas é uma via de mão dupla, onde todas podem aprender e crescer juntas. Ao promovermos a inclusão e a empatia desde cedo, estamos construindo uma sociedade mais acolhedora e compreensiva para todos,” enfatiza.
Além disso, ter profissionais capacitados que possam auxiliá-las quando não estiverem preparadas para responder a determinadas situações e que saibam identificar até que ponto a interação está sendo reforçadora, é essencial para que as relações sejam construídas e o vínculo formado de maneira amena e efetiva.