Mercado em condomínios vira tendência, mesmo quando a pandemia acabar

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Modelo de negócio se tornou atrativo para investimento

Conforto, comodidade e rapidez são pontos que vêm conquistando cada vez mais espaço no poder de escolha dos consumidores, ganhando força no período de isolamento social em razão da pandemia, mas dando claros sinais de que permanecerão sendo prioridades quanto tudo passar. Por essa razão é que a instalação de mercados dentro de condomínios está se tornando tendência, com a multiplicação de unidades, como é o caso do Mercadomínio, na Vila Andrade, em São Paulo. O empreendimento, que nasceu a partir de uma startup em 2018, já tem várias propostas para levar o negócio a outros espaços residenciais.  A projeção é inaugurar a segunda unidade em meados de setembro e chegar às 20 lojas em 2021.

O Mercadomínio se destaca pela amplitude de suas instalações e serviços, visando atendimento completo ao ponto de o morador não precisar mais sair de casa para comprar o que precisa. Na unidade já existente, por exemplo, são 190 m² de área construída, que oferece 5.600 produtos, entre alimentos, bebidas, artigos de higiene e limpeza, além de itens frescos, como pães, carne moída na hora, frutas, verduras e legumes. No quesito preços, são iguais aos dos mercados tradicionais. “Nossa estrutura é complexa, por isso demanda um tempo maior para a abertura de novas unidades, para que o local possa, efetivamente, atender a todas as necessidades de quem ali reside”, salienta o economista e CEO da Mercadomínio, Giovani Grignani Pereira.

O condomínio onde o Mercadomínio atua tem 448 unidades, que somam 1.500 moradores. Antes de ter um mercado no quintal de casa, a psicóloga Glaucia Boaventura, 40 anos, perdia meia hora todos os dias, somente para comprar pão para o café da manhã. “Agora, temos a comodidade de comprar em poucos minutos, praticamente sem deslocamento”, conta.

Além de economizar tempo, outra vantagem destacada por Glaucia é não ter mais de estocar produtos para evitar frequente locomoção. “Hoje não precisamos ter no armário um monte de produtos que antes até perdiam a validade, porque temos a opção de comprar com facilidade, dá até pra inventar um prato diferente de última hora”, ressalta.

Para atender aos clientes, o estabelecimento da Vila Andrade conta com oito funcionários, divididos nos turnos da manhã e tarde, sendo que um deles foi recém-contratado, diante do aumento do movimento que vem ocorrendo desde o início da pandemia – uma elevação média/mês de faturamento de 27%.

O projeto para implantação de um mercado dentro do condomínio foi aprovado em assembleia junto aos moradores, por unanimidade, e a loja foi instalada em um espaço que estava desativado e servia como depósito de objetos em desuso.  A instalação não implicou em nenhuma oneração ao condomínio e todos os custos para o funcionamento são pagos pelo Mercadomínio, incluindo aluguel.

“O consumidor está cada vez mais buscando praticidade e ter um mercado dentro do condomínio acaba sendo, inclusive, fator importante na decisão de escolha na compra de um imóvel, por exemplo, o que traz grande atratividade e maior valoração no mercado imobiliário”, fala Giovani.

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