A operação foi realizada na manhã desta terça-feira (29), com mandados judiciais dirigidos a 22 alvos, sendo: 11 pessoas jurídicas e 11 físicas, que foram cumpridos pela Polícia Civil de Pernambuco.
Por Leandro Pinzón
A Polícia Civil de Pernambuco, com a participação da Secretaria da Fazenda-Sefaz-PE, com apoio da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e da Vigilância Sanitária dos municípios onde ocorreram as diligências, realizou na manhã desta terça-feira (29), o cumprimento de 22 mandados judiciais dirigidos a 11 pessoas jurídicas e 11 físicas, suspeitos de praticarem lavagem de dinheiro, e de comercializarem produtos de cargas roubadas. O inquérito é presidido pela Delegada Adjunta da Delegacia de Polícia de Roubos e Furtos de Cargas, Ana Catarine de Lima Cavalcanti.
De acordo com o Auditor Fiscal, Amom Lins, Gerente de Operações Estaduais da Sefaz-PE, as 11 empresas que foram alvos da operação estão localizadas em Olinda, Recife, e Cabo de Santo Agostinho, das quais, 05 delas foram interditadas, sendo detectados R$ 2,4 milhões em irregularidades, dos quais R$ 1,1 Milhão em notas fiscais irregulares (laranjas); R$ 400 mil sem notas fiscais; e R$ 900 mil de débitos em aberto.
O auditor deixou bem claro que, a Secretaria da Fazenda não é apenas um órgão arrecadador. Ela trabalha em conjunto com a Secretaria de Defesa Social em ações estratégicas cujos objetivos não são, necessariamente, o de arrecadação, e explicou a função das duas instituições nas ações.
“Nessas operações, o foco da SDS gira em torno, dentre outras coisas, da garantia da segurança pública e do patrimônio privado. Já a Sefaz, por outro lado, trabalha com o foco na garantia da liberdade de concorrência e da livre iniciativa. É importante ter em mente que a liberdade de concorrência não dá o direito ao empresário de sonegar impostos, tampouco de adquirir mercadorias de origem ilícita, como por exemplo, mercadorias que foram furtadas ou roubadas. Quando o empresário adquire mercadorias roubadas ele aumenta o seu lucro e o seu volume de vendas, na medida em que pode ilicitamente, praticar preços mais baixos” enfatiza o auditor, que conclui dizendo: “Nesse sentido, essas ações em conjunto entre a SDS e a Sefaz beneficiam os empresários honestos e a população”.