O evento será realizado nos dias 30 e 31 de outubro de 2025, das 9h às 17h30, no campus da universidade, e representa uma oportunidade de inserção produtiva e valorização do trabalho artesanal desenvolvido dentro da unidade
As adolescentes atendidas pela Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Santa Luzia, estão participando de uma ação que une aprendizado, sustentabilidade e inclusão social. Sob encomenda da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), elas estão confeccionando 130 ecobags que serão entregues aos participantes do 2º Seminário Internacional “Insegurança e Punitividade na América Latina: Decolonialidade e as Criminologias do Sul”.
O evento será realizado nos dias 30 e 31 de outubro de 2025, das 9h às 17h30, no campus da universidade, e representa uma oportunidade de inserção produtiva e valorização do trabalho artesanal desenvolvido dentro da unidade. Cinco jovens participam da produção, que será realizada ao longo de duas semanas. As ecobags terão estampas feitas com moldes em serigrafia e pintura à mão, resultando em peças únicas que simbolizam criatividade e compromisso ambiental.
Em depoimento, Milena Trajano, gestora do Case Santa Luzia, comentou que “é muito gratificante, a gente vê que a sociedade está vendo o trabalho das meninas e elas estão tendo essa visibilidade positiva, porque nada melhor para a educação do que ter o retorno positivo daquilo que você faz”.
O lucro obtido com a produção será revertido para as adolescentes participantes, como forma de valorização do trabalho e incentivo à autonomia financeira. A ponte entre a Unicap e o Case Santa Luzia foi articulada por Karina Souza, integrante do Eixo Cultura, Lazer e Esportes da Funase, responsável por aproximar as instituições e viabilizar a parceria. Essa é a primeira colaboração entre a Funase e a Unicap nesse formato, unindo o ambiente acadêmico à prática socioeducativa desenvolvida nas unidades.
A.V., de 15 anos, revelou que descobriu no Case Santa Luzia sua paixão pelo artesanato. “Gosto muito de fazer o meu trabalho. E aprendendo aqui eu acho que lá fora eu vou ensinar mais pessoas e trabalhar com artesanato”. Vale destacar que além da produção das ecobags, durante a abertura do evento, algumas das jovens também irão realizar uma performance de frevo, levando arte e cultura pernambucana ao público reforçando a potência criativa existente nas unidades socioeducativas.
Mais do que uma encomenda, a ação representa uma oportunidade de aprendizado e reconhecimento do potencial criativo dessas jovens. O projeto estimula habilidades manuais, reforça valores de responsabilidade e oferece às participantes a chance de ver seus produtos circulando em um espaço de reflexão sobre justiça, direitos humanos e decolonialidade.








