PCR edita decreto proibindo uso de fogos de artifício com estampido em eventos públicos municipais

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FOTO: Brenda Alcântara/PCR

Medida foi assinada pela prefeita em exercício, Isabella de Roldão,
na última quinta-feira (4) e tem o objetivo de preservar a saúde das
pessoas e dos animais

Com o intuito de proteger pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo
(TEA), crianças em geral, idosos e também animais como cães, gatos,
pássaros e outros dotados de sensibilidade auditiva, a prefeita em
exercício do Recife, Isabella de Roldão, assinou, na última quinta-feira
(4), um decreto municipal proibindo a utilização de artefatos e fogos
de artifício que provoquem poluição sonora em ambientes abertos e
fechados destinados a eventos públicos e festivos organizados pelo
poder municipal. A medida passa a valer a partir desta sexta-feira (5),
com a publicação extra do Diário Oficial do Município.

“Estou muito emocionada e feliz com essa possibilidade de estarmos
juntas e juntos nessa tarde, pra gente assinar esse decreto que proíbe
oficialmente qualquer evento, promovido pela Prefeitura do Recife, que
aconteça com fogos de estampidos, aqueles barulhentos. Esse é um
momento eufórico para a cidade e a gente quer compartilhar com todo
mundo e com quem tá junto com a gente nessa causa, nesse esforço
coletivo”, disse a prefeita em exercício do Recife, Isabella de
Roldão.

Com a nova medida, em todos os eventos públicos promovidos pela
Prefeitura do Recife, desde o tradicional réveillon na Praia de Boa
Viagem, bem como em ciclos festivos, a exemplo do São João, não
serão utilizados fogos de artifício com estampido sonoro.

O Decreto Municipal leva em consideração que os fogos de artifício
com estampido sonoro podem causar traumas irreversíveis aos animais,
especialmente aqueles que têm grande sensibilidade auditiva. Em alguns
casos, as explosões dos artefatos podem provocar distúrbios cardíacos
que, a depender da saúde dos bichinhos, podem levar à óbito.

Já em relação às pessoas, os fogos de artifício com estampido podem
ser nocivos a quem tem Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), visto
que grande parte dessa população possui hipersensibilidade ao som. Com
os estampidos, esse grupo, em especial as crianças, pode ficar ansioso
e desenvolver crises, que, em alguns casos, pode levar à
automutilação.

Na assinatura do decreto, estiveram presentes o secretário de Governo e
Participação Social, Carlos Muniz, o secretário-executivo dos
Direitos dos Animais do Recife, Luís dos Anjos, a vereadora Andreza
Romero e a ativista da causa animal Goretti Queiroz.

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