Pernambuco mantém intervalo de 60 dias entre as duas doses da Pfizer

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FOTO: Miva Filho/SES-PE -- Sérgio Montenegro

Segundo o Comitê Técnico Estadual, a aplicação da primeira e segunda dose com diferença de 21 dias reduz a efetividade do imunizante

Pernambuco decidiu manter o intervalo de 60 dias entre a aplicação da
primeira e segunda dose da vacina contra Covid-19 da Pfizer/BioNTech. A
decisão, tomada pelo Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da
Vacinação, após reunião com gestores municipais na Comissão
Intergestores Bipartite (CIB), foi anunciada pelo secretário estadual
de Saúde, André Longo, na tarde desta quinta-feira (21.10), em
coletiva de imprensa.

“Membros do Comitê Técnico Estadual enxergam a redução do
intervalo entre as doses da Pfizer como um equívoco técnico, porque
diminui a efetividade da vacina e a resposta imunológica do nosso
organismo. Inclusive, esse período de apenas 21 dias entre as primeiras
e segundas doses da Pfizer é uma das explicações apontadas por
especialistas para o repique da doença em países como Inglaterra e
Israel”, explicou André Longo. A orientação é que os municípios
que adotaram a redução revejam a medida de forma imediata e voltem a
aplicar a segunda dose apenas após 60 dias do início do esquema
vacinal.

COBERTURAS VACINAIS – Durante a reunião com os municípios, a
Secretaria Estadual de Saúde também reforçou a importância da busca
ativa para imunização dos adolescentes, aplicação de segunda dose
para completude dos esquemas vacinais e aumento da cobertura do Estado
que, hoje, está em pouco mais de 55%. Mesmo após nove meses do início
da campanha de imunização contra a Covid-19 em Pernambuco, ainda chama
a atenção da SES-PE e do Programa Estadual de Imunizações (PNI-PE) o
quantitativo de municípios com baixas coberturas vacinais,
principalmente na segunda dose. Diante disso, a pasta enxerga a
necessidade de redefinir estratégias de alcance desses públicos em
cada território.

Durante a coletiva, a superintendente de Imunizações do Estado, Ana
Catarina de Melo, apresentou um panorama da campanha, com destaque para
o público adolescente. “Atualmente, a vacinação dos adolescentes de
12 a 17 anos está com a cobertura de 44% para a primeira dose. Nesta
quinta-feira, foi pactuada em reunião CIB a recomendação de se fazer
a busca ativa para vacinar esse público dentro do ambiente escolar, já
que historicamente esse contingente é um dos mais difíceis de vacinar,
porque não procuram os serviços de saúde de maneira espontânea”,
explicou.

DADOS EPIDEMIOLÓGICOS – Durante a Semana Epidemiológica (SE) 41, que
compreende o período entre 10 e 16.10, o Estado registrou 390 casos de
Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) – uma redução de 14% na
comparação com a SE 40 (03 a 09.10) e de 8% em relação à SE 39
(26.09 a 02.10). Nas solicitações por vagas de UTI, foram 232 pedidos
na SE 41 – número que representa uma queda de 5,6% em relação à SE
40. Na comparação com a SE 41 de 2020, a redução é ainda mais
expressiva. Nos casos de Srag, a queda foi de 45%. Naquele período,
foram notificados 716 casos.

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