O evento aconteceu nos dias 7 e 8 de fevereiro, no SESI Paulista, e teve a participação de 38 equipes.
Chegou ao fim a etapa regional do Torneio SESI de Robótica FIRST LEGO League (FLL) após dois dias de disputas, trocas de conhecimento e trabalho coletivo. Ao todo, seis equipes – sendo três do SESI-PE: Unity, New Atom e Legomito – se classificaram para a fase nacional da competição. O evento aconteceu nos dias 7 e 8 de fevereiro, no SESI Paulista, e teve a participação de 38 equipes.
Formadas por estudantes de 9 a 16 anos de escolas públicas, privadas e times de garagem de estados do Nordeste, as equipes foram desafiadas a criar e programar robôs autônomos feitos com peças da LEGO, além de apresentar projetos de pesquisa sobre assuntos que permeiam o tema da temporada, City Shaper (cidades inteligentes e sustentáveis).
Uma das soluções inovadoras para a problemática da acessibilidade foi proposta pela Unity, composta por alunos do SESI Escada. Depois de identificar as dificuldades que os deficientes visuais enfrentam nos supermercados, os estudantes decidiram usar a tecnologia a favor da acessibilidade. “Desenvolvemos o BlindMap, aplicativo que auxilia os deficientes visuais na hora de fazer compras nos supermercados. O app funciona por controle de voz e une de forma inovadora as funções de localizar e identificar os produtos”, comentou uma das componentes do grupo, Ester Amanda, de 14 anos.
Para criar o software, os estudantes procuraram profissionais da área, como engenheiros eletrônicos. “A partir de um mapeamento prévio do local, o app fornecerá informações da localização do produto, assim como um GPS. Ao chegar no produto desejado, o deficiente visual poderá solicitar o reconhecimento da marca e preço do item através de um leitor adaptado para deficientes visuais”, acrescentou Ester.
Aos 14 anos, Allan Wesley, responsável pela programação do robô da Unity, teve o seu primeiro contato com a robótica há um ano, quando ingressou no SESI Escada. “Essa é a minha primeira vez no FLL e estou bastante satisfeito com o resultado. Ninguém espera na primeira vez dar certo e conseguir a classificação para a etapa nacional”, contou. A próxima fase, inclusive, já tem data e local marcado: será entre os dias 6 e 8 de março, na Fundação Bienal, em São Paulo.
Além de 36 equipes pernambucanas, o torneio contou com a presença de duas do Maranhão: Robot Planet e Iron League. De acordo com Ítalo Moreira, um dos nomes por trás da Iron League, a equipe identificou que a sinalização de trânsito nas cidades brasileiras apresenta alguns pontos de acúmulo de placas em vias de mobilidade do perdeste. “Para criar uma solução viável para ajudar na mobilidade urbana, construímos uma placa de sinalização inteligente de LED, batizada de Sinaliga, que emite as informações da rua e de sinalização de forma instantânea”, disse.
Para a superintende do SESI-PE, Cláudia Cartaxo, o evento cumpriu o objetivo de estimular o interesse dos jovens e futuros profissionais da indústria pelas áreas de ciências, tecnologia e engenharia. “Essas crianças farão do Brasil um país melhor. Tenho a certeza que todos que participaram e até os visitantes saíram do torneio mais interessados pela robótica. Foi enriquecedor ver o empenho, a humildade e a parceria dos competidores”, destacou.
Na cerimônia de encerramento, todos os times foram premiados com medalhas de participação e as três primeiras equipes no ranking geral ganharam um troféu LEGO. Também foram entregues prêmios nas categorias gracious professionalism, trabalho em equipe, inspiração, estratégia e inovação, programação, design do robô, apresentação de pesquisa, solução inovadora, projeto de pesquisa, desempenho do robô, desafio do robô, contra todas as adversidades, estrela iniciante, além de voluntário, juiz e técnico destaque.