Síndrome de Burnout cresce no Brasil: Intensificação da rotina de trabalho, medo do desemprego e da covid-19, atinge cerca de 30% dos mais de 100 milhões de trabalhadores

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De acordo com a psicóloga Patrícia Maciel, a síndrome de Burnout ou síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio psíquico causado por condições de trabalho estressantes e desregradas, que se parece muito com a depressão

Com a migração do trabalho presencial para o remoto, devido à pandemia, muitas pessoas estão chegando à exaustão extrema. Com isso, o excesso de estresse provocado pelo trabalho, o medo do desemprego e da Covid-19 podem provocar uma síndrome chamada Burnout, que leva ao esgotamento físico e mental. No Brasil, a doença atinge cerca de 30% dos mais de 100 milhões de trabalhadores, segundo a Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt).

De acordo com a psicóloga Patrícia Maciel, a síndrome de Burnout ou síndrome do esgotamento profissional é um distúrbio psíquico causado por condições de trabalho estressantes e desregradas que se parece muito com a depressão. “O fato é que em casa fica difícil separar a vida profissional da pessoal. Para a maioria das pessoas a necessidade de estar sempre ligado e à disposição, é o que leva a exaustão”, explica.

Uma pessoa com síndrome de Burnout apresenta um quadro de depressão, bem como, desanimo, fadiga, stress, com clara variação de humor, falta de apetite, distúrbio do sono, além de sintomas somáticos como diarreia, taquicardia, por exemplo. Ainda de acordo com a psicóloga Patrícia Maciel, esse quadro não está sendo frequente só em empresas com modelo de gestão tradicional, verticalizada e mais rígida, mas também em empresas com gestão mais horizontal e colaborativa, onde em tese, deveria ter um nível menor de estresse. Ou seja, trata-se de um quadro generalizado da época de pandemia.

“A exigência que, antes, era de fora pra dentro, relacionada às exigências do patrão, internalizou. As pessoas começaram a exigir de si mesma, muitas vezes até pelo medo de perder o emprego diante da crise econômica que o mundo está vivendo”, relata. Por isso, a proliferação dessa síndrome deve ser levada à sério e, assim que identificada, o paciente deve procurar tratamento de um profissional adequado que vai ajudar a direcionar e tratar os sintomas.

No quesito tratamento, muitas vezes a combinação de médicos e psicólogos é o mais indicado, todavia, a terapia com psicólogos especializados, com duração, em média de três meses, pode resolver a doença. Essa terapia, ajuda na mudança do estilo de vida e na forma de pensar, evitando que o paciente agrave o caso.

Sintomas

O sintoma típico da síndrome de Burnout é a sensação de esgotamento físico e emocional, que se reflete em atitudes negativas, como:

  • Exaustão extrema, física e mental;
  • Estresse;
  • Dores de cabeça;
  • Agressividade;
  • Distanciamento da vida social;
  • Mudanças bruscas de humor;
  • Irritabilidade;
  • Dificuldade de concentração;
  • Lapsos de memória;
  • Ansiedade;
  • Depressão;
  • Pessimismo;
  • Baixa autoestima;
  • Dificuldade de se desligar do trabalho;
  • Negação das próprias necessidades;
  • Sentimento de incapacidade;
  • Perda ou aumento do apetite;
  • Distúrbios do sono.

SERVIÇO:

Psicóloga Patrícia Maciel

Instagram: @patriciamaciel.psicologa

Fone: (81) 98170.5656

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