O equipamento terá capacidade para produzir 200 refeições diárias e vai atender a população em situação de insegurança alimentar e nutricional da cidade
Após o repasse de recursos estaduais para a implantação, as cidades pernambucanas iniciam o funcionamento das cozinhas comunitárias, estrutura destinada à população em situação de pobreza e extrema pobreza que atua no enfrentamento aos índices de insegurança alimentar e nutricional. Nesta sexta-feira (28), foi à vez do município de Panelas inaugurar o sua unidade, espaço que vai produzir cerca de 200 refeições diárias. A solenidade contou com a presença da secretária executiva de Gestão, da pasta estadual de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, Marília Bezerra.
As cozinhas comunitárias são equipamentos públicos de educação e segurança alimentar e nutricional e prevê, além da entrega de refeições de qualidade, o uso de produtos da agricultura familiar. O objetivo é promover também o desenvolvimento da economia local, o incentivo aos trabalhadores rurais e o fortalecimento da identidade gastronômica de cada região.
No Estado, as cozinhas são monitoradas pelo programa estadual Tá na Mesa PE, que oferta cofinanciamento de recursos através do sistema de transferência do Fundo Estadual para os Fundos Municipais de Assistência Social. A iniciativa foi criada em 2021 como parte do Plano Retomada, planejamento estratégico construído pelo Governo do Estado para impulsionar o desenvolvimento econômico e social de Pernambuco após o período mais rigoroso de enfrentamento ao novo coronavírus. “Desde maio, assumimos o compromisso com a universalização das cozinhas comunitárias e estamos atuando para viabilizar o mais rápido possível o funcionamento das unidades em todo o Estado, para que todos os dias 200 pessoas possam se alimentar com qualidade e sair da situação de fome”, pontuou a secretária Marília Bezerra. Ao todo, o Governo do Estado investe mais de R$30 milhões, montante que vai garantir a universalização das cozinhas comunitárias no território pernambucano.
Cozinhas no Estado – Pernambuco já dispõe de 28 unidades em funcionamento em 26 municípios. Desse quantitativo, 14 estavam em operação e outras 14 estavam paralisadas. A partir da autorização de repasse de recursos, às unidades em atividade recebem R$6 mil durante 12 meses, valor usado para aumentar a capacidade de produção, enquanto a outra parte recebe R$12 mil durante o mesmo período, montante destinado para a reabertura e também a ampliação da produção. Outras 69 cozinhas estão em fase de implantação em 69 municípios. Há ainda 83 unidades em 83 cidades, que assinaram o termo de aceite para implantação. Os dois grupos recebem R$50 mil em investimento em parcela única e R$12 mil para custeio, em 12 parcelas.