Enfermeiros do Sistema Hapvida relatam experiências na linha de frente do combate ao novo coronavírus.

0

A importância desses profissionais está sendo exaltada em todos os cantos do país.

Nesta terça-feira, 12 de maio, é comemorado o Dia do Enfermeiro. Neste ano, a data ganha um contorno ainda mais especial em razão da presença dos enfermeiros na linha de frente do combate ao novo coronavírus. A importância desses profissionais está sendo exaltada em todos os cantos do país. Um reconhecimento merecido e que tem custado muitas horas de trabalho, afastamento da família e até a própria saúde dos enfermeiros.

O Sistema Hapvida, pensando em promover a melhor assistência para seus clientes, está fazendo remanejamento constante de equipes de profissionais de saúde para as áreas com maior incidência da doença. É o caso do enfermeiro Isac Santos Cunha, que mora em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, e desde quarta-feira (06) está trabalhando em Recife, no Hospital Ilha do Leite, centro de referência da rede na capital pernambucana para combater o novo coronavírus. “A gente veio para somar e ajudar. A saudade da família bate, já que é bem longe, mas logo, logo vamos estar em casa e tudo isso vai passar”, destaca Isac.

Visando a proteção dos familiares, a enfermeira Maria Eduarda Cavalcanti decidiu sair de casa. Ela não quis arriscar ficar com seus pais e sua filha, já que está na luta diária contra o inimigo invisível no Hospital Ilha do Leite, em Recife. “Desde o início da pandemia, eu precisei sair de casa porque meus pais são hipertensos e eu tenho uma filha de 11 anos. Optei por sair para evitar o contágio deles. Tô na esperança de que tudo isso vai passar e eu volte para casa matar a saudade” ressalta a enfermeira.

Profissionais que trabalham na linha de frente dos hospitais estão sujeitos ao contágio. É o caso da enfermeira Ariane Araújo, que trabalha no Hospital Hapvida Mossoró. Ela foi infectada pelo coronavírus e teve que se afastar do trabalho. Justamente hoje, no Dia do Enfermeiro, ela está de volta “revigorada e estimulada a continuar” o trabalho de salvar vidas. “A sensação de estar voltando é uma mistura de vários sentimentos, que inclui medo e ansiedade para voltar ao campo de batalha. Mas com fé em Deus, estou voltando revigorada e estimulada a continuar”, relata.

Ariane diz que a motivação para continuar vem da necessidade das outras pessoas, do juramento da profissão e pela vontade de querer ajudar e se sentir útil na guerra contra esse “grande inimigo”.

Ilnara Uchôa é a Chefe de Enfermagem do Hospital Hapvida Mossoró. É ela quem acompanha cada dia de luta de seus colegas de profissão. E assim como eles, não está imune ao coronavírus, já tendo testado positivo para a Covid-19.

Mas enfrentar a doença não foi o único desafio de Ilnara até aqui nesta pandemia. Ficar distante dos seus pais idosos e do seu filho, de apenas três anos, por dias e até semanas também causou muita dor. “A parte pior de estar na linha de frente é o isolamento familiar. Eu nunca tive medo de trabalhar em hospital, existem inúmeras doenças que podem ser adquiridas em ambiente hospitalar, mas a Covid-19 é mais assustadora pelo potencial de contaminação e disseminação. Saber que sua família e seu filho podem ficar doentes porque você levou a doença para casa é o mais assustador de tudo”, declara.

Distantes dos familiares, os profissionais encontram apoio e força entre os colegas. “São dias bem difíceis, com ansiedade e tristeza. Mas tenho uma família no hospital que me acolhe todos os dias e me dá a esperança de que dias melhores virão”, ressalta Vilmar da Silva, que está há mais de dois meses sem ver os seus pais.

 
Link de vídeos com depoimentos dos enfermeiros: https://we.tl/t-OBYNxPsUlK

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here