Estudante de Letras da UFPE realiza tradução de autor francês, inédito no Brasil

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Camila visitou a casa do escritor Pierre Loti

Relação de Camila Alves com o livro “Le roman d’un enfant” foi tema de matéria na imprensa na cidade de Rochefort

Há um ano, um livro escrito em 1890 pelo oficial da marinha e escritor francês Pierre Loti foi descoberto por uma estudante brasileira em uma livraria em Londres, na Inglaterra. Camila Alves, que quer ser professora de francês e português, ficou tão tocada pela obra “O romance de uma criança” (“Le roman d’un enfant”, em francês) que resolveu traduzi-la para poder oferecer o texto para sua melhor amiga como presente de aniversário.

A atitude da estudante do 3° período de Letras (Licenciatura em Português) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) chamou a atenção da imprensa da cidade de Rochefort, na França, e até do prefeito Michel Gaillot, de Échillais, no sudoeste do país, que a acompanhou em uma visita à casa do autor. Ela foi tema de matéria no jornal Sud Ouest na segunda-feira passada (6).

O livro traz as memórias de infância do autor e despertou a atenção da estudante, que identificou muitas coisas em comum com sua própria vida, como o fato de ter sido criada pelos avós. “Parecia, mais do que com um relato de memória, com uma carta de amor para todas as pessoas que tiveram uma infância marcante na vida, o que foi o meu caso”, afirmou, destacando o saudosismo e a nostalgia presentes no relato.

“Até onde a gente se compromete a acreditar, essas memórias são verdadeiras, então ele era um ser meio fora do comum, meio emocionado com a vida, que você não vê em qualquer lugar”, afirma Camila. Para ela, a obra é uma espécie de diário que pode ser visto como uma carta de amor ou uma poesia, como algo que emociona e faz pensar na  infância. “É um livro que realmente toca a vida”, define.

Camila pesquisou e descobriu que Pierre Loti nunca havia sido traduzido no Brasil – ou, pelo menos, que não havia nenhuma tradução disponível e queria contar com uma versão brasileira, e não portuguesa, do livro. A estudante tem deparado com trechos difíceis de traduzir, devido a expressões da época, e realizado pesquisa para ser o mais fiel possível. Agora, busca uma editora que se interesse pela publicação no país.

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