Fórum do Cabo de Santo Agostinho julga assassinato de Eudina Sobral, no próximo dia 22

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Eudina era comerciante muito conhecida no município, e foi encontrada morta pelo próprio filho dentro de sua residência. O suspeito de cometer o crime, Pedro Luiz da Silva, era companheiro da vítima há 17 anos

Na próxima segunda-feira (22), acontece, no Fórum Humberto da Costa Soares, às 9h, o julgamento do assassinato de Eudina de Oliveira Sobral, vítima do crime de feminicídio, no dia 7 de março de 2019, no Centro do Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife (RMR).

Eudina era comerciante muito conhecida e foi encontrada morta pelo próprio filho dentro de sua residência. O suspeito de cometer o crime, Pedro Luiz da Silva, era companheiro da vítima há 17 anos, e  teria matado a comerciante com diversas facadas, e ainda simulou que o fato teria sido um assalto.

O réu passou 5 anos preso, mas não foi à júri popular, porque a Justiça alegou que não tinha provas suficientes na faca que ele matou a vítima. Ele foi solto no dia 8 de março, mas o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) solicitou novas perícias e finalmente o júri foi marcado.

“Venho lutando por justiça pela minha mãe, que foi assassinada de maneira mais brutal possível na madrugada do dia 7 março de 2019. Ela foi espancada, esfaqueada e estrangulada pelas próprias mãos do assassino com quem ela tinha um relacionamento de anos. É impossível descrever a dor e o horror que foi ver o corpo da minha mãe todo mutilado e deformado daquela maneira. É um trauma que nunca vamos superar”, desabafou Edjane Sobral, a filha enlutada.

A coordenadora do Centro das Mulheres do Cabo (CMC), Izabel Santos, afirmou que estará presente no julgamento cobrando justiça por Eudina Sobral, junto com a equipe da instituição feminista que atua há 40 anos no município em defesa e dos direitos das meninas e mulheres. “Iremos cobrar justiça pela morte de Eudina que chocou o município do Cabo. É um absurdo e estarrecedor esse assassino estar solto, mas, acreditamos que ele vai ser julgado e pagar pelo crime que atenta contra a vida de todas nós, pois o feminicídio é o crime mais cruel contra as mulheres”, pontuou a feminista.

O Cabo já registrou este ano, 17 assassinatos contra mulheres, de janeiro a junho, sendo 2 casos tipificados como crime de feminicídio. Ano passado, a cidade registrou 12 mortes de mulheres, configurando 4 casos de feminicídio.

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