Júri de acusados de assassinar advogada Severina Natalícia da Silva, em dezembro de 2013, acontece nesta sexta-feira (29),no Fórum Thomaz de Aquino

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Júri será no Fórum Thomaz de Aquino, na área no Recife

Os três denunciados pelo crime foram pronunciados pelo juiz da 4ª Vara do Júri da capital, por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver

Está marcado para esta sexta-feira (29), no Fórum Thomaz de Aquino, na área no Recife, o júri popular dos acusados de matar a advogada Severina Natalícia da Silva, assassinada em dezembro de 2013. A OAB-PE, através do presidente da Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas (CDAP), Carlos Barros, participará do julgamento na assistência à acusação. Os três denunciados pelo crime – Jaermerson Jacinto Pereira (“Jajá da Academia”), Jaemerson de Assis Pereira (“Jajá Galego”) e Valdomiro Francisco dos Santos (“Cabo Valdomiro”) – foram pronunciados pelo juiz da 4ª Vara do Júri da capital por homicídio duplamente qualificado (mediante paga ou promessa de recompensa e através de emboscada) e ocultação de cadáver. As penas, somadas, podem ultrapassar os 30 anos de prisão.

Segundo o inquérito policial, quando Severina Natalícia da Silva chegava a casa na noite do dia 5 de dezembro de 2013, no distrito de Encruzilhada de São João, em Bezerros (Agreste), ela foi abordada e colocada à força dentro de um carro, que saiu em disparada pela rodovia BR-232. O corpo dela foi encontrado um mês depois carbonizado em um canavial na cidade de Água Preta (Mata Sul).

A acusação aponta que os três acusados participaram diretamente do crime. Jaemerson Jacinto Pereira, o Jajá da Academia, teria interesse pessoal e financeiro no assassinato da advogada por ela estar à frente de uma causa previdenciária que discutia uma pensão por morte deixada pelo pai do acusado.

Jaemerson de Assis Pereira, o Jajá Galego, teria auxiliado conduzindo o veículo e fornecendo “os meios necessários para que o delito se consumasse”. E Valdomiro Francisco dos Santos, o Cabo Valdomiro, é apontado como autor dos disparos que matou a advogada. Os três, em seguida, buscaram ocultar o corpo tentando carbonizá-lo.

Num dos pontos do inquérito, a autoridade policial destaca que o “motivo torpe” do assassinato seria a atuação da advogada: “uma vez que a motivação para matar a vítima foi a vingança pelo fato de ela (a advogada) estar DESEMPENHANDO O SEU PAPEL COMO ADVOGADA CONSTITUÍDA e estava, no entender do denunciado (Jajá da Academia), dificultando que a sua genitora usufruísse de parte da pensão do seu ex-marido”.

Na ocasião do crime, o então presidente da OAB-PE, Pedro Henrique Reynaldo Alves, havia alertado sobre a possibilidade de Severina Natalícia da Silva ter sido assassinada em função da atuação profissional dela em um causa previdenciária. A Ordem acompanhou de perto a investigação junto à Secretaria de Defesa Social.

Carlos Barros, presidente da CDAP, acredita que o júri pode ser finalizado ainda nesta sexta-feira. Ele também ressalta o papel da Ordem neste processo. “A OAB cumpre seu papel de defender e apoiar os advogados e as causas que envolvam a advocacia, e acompanhou este caso em todas as etapas. Foi um crime bárbaro, devidamente esclarecido quanto à sua autoria, materialidade e motivação e que merece ser exemplarmente punido”.

 

 

 

 

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