Legislativo Pernambucano, através do mandato coletivo “Juntas”, voltam a repercutir pleito de auxiliares e técnicos de enfermagem
Em nota, o SATENPE – Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Estado de Pernambuco, manifestou sua indignação as atitudes do Governo de Pernambuco, ignorando os pleitos da categoria, o que motivou a paralisação e os constantes protestos realizados, culminando com a detenção do presidente da entidade, FRANCIS HERBERT, no dia de ontem, quarta-feira(12), pela polícia Militar de Pernambuco, quando realizavam mais um protesto, ato este considerado um grande absurdo e uma afronta aos direitos da classe classe trabalhadora.
A situação está tão crítica que vem sensibilizando os diversos segmentos da sociedade, o que levou o Legislativo Pernambucano, através do mandato coletivo “Juntas”, através da deputada Jô Cavalcanti, solicitar não penalizar administrativamente os servidores em mobilização.
NOTA DO SATENPE
É com extrema preocupação e indignação que o SATENPE – Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Estado de Pernambuco, vem externar perante a população pernambucana o seu repúdio ante a forma com que o Governo do Estado de Pernambuco vem se comportando no trato da questão desses trabalhadores da saúde, pais e mães de família, abnegados e dedicados, que somente perseguem mínimas condições de trabalho.
Hoje, o movimento pacífico que vinha ocorrendo na Agamenon Magalhaes, sofreu uma orquestrada e policialesca operação, que nos remonta aos dias mais amargos e sombrios da ditadura militar.
Em meio a bombas e truculência para com simples cidadãos, trabalhadores, a PM agrediu fisicamente alguns dos manifestantes, chegando mesmo a promover ilegal detenção do presidente do Sindicato, Sr. FRANCIS HERBERT, sob o irreal argumento de desacato/desobediência, sem que nada dessa ordem tenha, de fato, ocorrido.
O fato é que a policia militar não possui prerrogativa legal de portar decisões judiciais, tampouco intimar qualquer pessoa de seu teor. Prerrogativa essa restrita a Oficiais de Justiça, devidamente identificados. Em uma circunstancia dessa natureza, pode qualquer cidadão indagar sobre a legalidade no procedimento adotado, sem que isso configure a qualquer título, desobediência ou desacato. Tudo o que somente deixa arraigado o componente arbitrário da operação levada a efeito no dia de hoje por ordem do Governo do Estado de Pernambuco.
Presenciar tal comportamento, partindo de um governo que se diz socialista, que se diz ligado ao povo e preocupado com suas demandas e necessidades, chega mesmo a causar assombro. Somos mais de 8.000 profissionais vinculados ao Estado de Pernambuco, apenas uma parte dos 70.000 auxiliares e técnicos de enfermagem, inscritos no COREN/PE. Compomos a base da saÚde, em numero e em importância.
O sindicato lamenta que o Estado tenha optado por judicializar a questão, o que demonstra comportamento autoritário, que se distancia da categoria profissional da saúde que por sua vez integram a população pernambucana, a quem caberia ao Governo zelar.
A Diretoria
Legislativo Pernambucano, através do mandato coletivo “Juntas”, voltam a repercutir pleito de auxiliares e técnicos de enfermagem
Publicado em 13 de fevereiro de 2020 – 12:45 (Portal de Prefeitura)
Por Amisadai Silva
A deputada Jô Cavalcanti, do mandato coletivo Juntas (PSOL), voltou a defender o pleito dos auxiliares e técnicos de enfermagem que, há 14 dias, protestam no Recife cobrando reajuste salarial. Em discurso acompanhado pela categoria nesta quinta (13), a parlamentar reconheceu que as negociações com o Governo do Estado avançam, mas solicitou que o Poder Executivo se comprometa a não penalizar administrativamente os servidores em mobilização.
“Infelizmente, a classe trabalhadora hoje no Brasil, para ser escutada, precisa fazer coisas extremas, para chamar atenção. Parar a Avenida Agamenon Magalhães ontem, durante todo dia, foi a forma como eles conseguiram isso”, afirmou a deputada, informando que a categoria está há dez anos sem receber reajuste, situação que coloca os vencimentos de uma parte dos profissionais abaixo do salário mínimo. Outra reivindicação dos técnicos e auxiliares diz respeito a adicionais noturno e de insalubridade.
Segundo Cavalcanti, uma reunião da categoria com representantes do Executivo na última quarta (12) trouxe avanços para as negociações, mas o movimento aguarda o compromisso do Governo Estadual de não repreender os manifestantes futuramente. Ainda sobre a situação, ela criticou a ação do Batalhão de Choque da Polícia Militar na noite de ontem. “O presidente do sindicato foi levado à delegacia de forma arbitrária. Peço que o Estado apure a situação”, concluiu.
No tempo dedicado à Comunicação de Lideranças, o deputado João Paulo (PCdoB) também comentou a situação. “Mais perigosa que a repressão policial nesses movimentos é a divisão dos trabalhadores”, pontuou, alegando haver divergências que precisam ser sanadas dentro da categoria. O parlamentar defendeu, também, que os grevistas “busquem a sociedade como aliada”. “A condução política gerou insatisfação em milhares de pessoas”, lamentou, colocando-se à disposição dos profissionais para intermediar o diálogo.
Da Redação do Portal com informações da ALEPE