Trabalhadores das usinas em PE defendem reativação da Estreliana, em Ribeirão

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Sindicato da categoria destacou o impacto financeiro e social pela queda do PIB, o desemprego e a criminalidade associados, sobretudo, em uma região que se mantém uma usina de etanol fechada, como a Estreliana em Ribeirão – pronta para operar após arrendamento por uma cooperativa de fornecedores de cana, mas, enfrenta os entraves do Governo Estadual

Ao invés de voltar a operação ontem, depois de fechada desde janeiro do ano passado, a usina Estreliana, em Ribeirão, continua parada e a sua reativação se mantém incerta mesmo depois de receber um investimento de R$ 7,5 mil de uma cooperativa de agricultores (CooafSul) para reativá-la. O problema é que o Governo Estadual está negando os créditos fiscais contidos em leis de Pernambuco para este fim socioeconômico, garantido para as usinas. Sem isso, o empreendimento fica parado e o Estado deixa de gerar 2,7 mil empregos diretos. O Sindicato dos trabalhadores desta categoria em PE (SINTRIAAEP) chama atenção para problemática social, inclusive taxa de criminalidade frente à falta de emprego e renda na região.

O fechamento de uma usina afeta significativamente o desenvolvimento da região onde ela está situada dado o grande impacto financeiro e social para os envolvidos direito e indiretamente nesta atividade econômica. No caso de Ribeirão, Gameleira e Côrtes, que ficam no raio da Estreliana, o dano pode ser até maior diante do modesto Produto Interno Bruto dessas cidades e altas taxas de desemprego, população juvenil e criminalidade.

“O PIB de Cortês, por exemplo, ocupa a 146º lugar dos 185 municípios de PE; Ribeirão, mesmo com 47,6 mil moradores, tem um PIB de R$ 387.4; Gameleira tem taxa de criminalidade em 284,92. O desemprego em PE está em 12,6%. Portanto, apoiamos a volta da Estreliana porque ameniza demasiadamente os problemas sociais vividos pela falta de emprego e renda”, fala Salmo da Silva, presidente da SINTRIAAEPE. O dirigente enviou um ofício de apoio para Associação dos Fornecedores de Cana de PE (AFCP), entidade que representa os canavieiros no estado e está à frente das tratativas com o governador Paulo Câmara sobre esta questão.

Além dos problemas socioeconômicos, a negativa dos créditos fiscais de leis para a CooafSul poder reativar a Estreliana também provocará queda na arrecadação de ICMS do Estado. Sem a volta da usina, Pernambuco deixar de recolher R$ 9,5 milhões sobre o etanol produzido na unidade. E perde muito mais porque, segundo a AFCP, as usinas que se utilizarem das 550 mil toneladas de cana que seriam moídas na Estreliana, usarão a maioria para produzir e vender açúcar – produto que praticamente não paga ICMS por conta do benefício estadual na ordem de 11% pelo crédito ao açúcar exportado, diferente do que acontece com a produção de etanol

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