Últimos dias da Arqueologia Existencial de Farnese de Andrade, na Caixa Cultural Recife

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A passagem das obras do artista mineiro pela capital pernambucana, termina no próximo domingo (17)

A mostra circula desde 2015, e já passou por Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo, e Belo Horizonte

As mais de 40 obras que compõem a exposição “Farnese de Andrade – Arqueologia Existencial”, em cartaz desde 13 de dezembro na CAIXA Cultural Recife poderão ser vistas até o final desta semana. Com curadoria de Marcus de Lontra Costa, a mostra, que mapeia a produção do artista mineiro ao longo dos anos 1970, 1980 e 1990, será encerrada no domingo (17). A exposição tem a linguagem única e singular do artista, de forma a mostrar sua personalidade e trajetória fundida com as fases de sua obra.

A mostra circula desde 2015 e já passou por Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. Na CAIXA Cultural Recife são apresentadas obras, entre assemblages e objetos, além da exibição do filme “Farnese” (1970), do cineasta Olívio Tavares e Araújo, uma entrevista em vídeo com o curador e textos/poemas que ajudam a elucidar a trajetória e fundamentos criativos do artista.

Farnese de Andrade foi um artista múltiplo, cuja produção, vida e arte se enlaçam de maneira inseparável dando origem a uma obra densa, de caráter fortemente autoral. Começa sua carreira como desenhista e gravador e, a partir de 1964, cria objetos ou assemblages com cabeças e corpos de bonecas, santos de gesso e plásticos, todos corroídos pelo mar, coletados nas praias e nos aterros. Passa a comprar materiais como redomas de vidro, armários, oratórios, nichos, caixas e imagens religiosas em lojas de objetos usados, de antiguidades e depósitos de demolição. Utiliza com frequência velhos retratos de família e postais, e começa a realizar trabalhos com resina de poliéster, sendo considerado um pioneiro da técnica no Brasil.

Apontado como dono de uma personalidade difícil e de um trabalho marcadamente autobiográfico, Farnese revelou nas obras sua densa trajetória pelas memórias de infância, do pai, da mãe, dos irmãos, da sagrada família mineira e de sua fase oceânica, além de um certo aspecto libertário e transgressor, a partir de sua mudança para o Rio de Janeiro. Enclausurado na própria solidão, expressou principalmente o embate dos seus medos, dores, tristezas, rancores, fetiches, libidos, euforias e alguma alegria. A poética de Farnese de Andrade, pautada no inconsciente, contrasta com as de outras tendências do período, como as da arte construtiva e concreta.

Incentivo à Cultura – A CAIXA investiu mais de R$ 385 milhões em cultura nos últimos cinco anos. Em 2018, nas unidades da CAIXA Cultural em Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, está prevista a realização de 244 projetos de Artes Visuais, Cinema, Dança, Música, Teatro e Vivências.

A CAIXA Cultural Recife oferece, desde 2012, uma programação diversificada, com opções gratuitas ou a preços populares, estimulando a inclusão e a cidadania. O espaço, situado em um prédio histórico na Praça do Marco Zero, conta com duas galerias, teatro, sala multimídia, salas de oficinas e tem 40 projetos previstos na programação de 2018.

Serviço:
[Artes Visuais] Exposição “Farnese de Andrade – Arqueologia Existencial”
Local: CAIXA Cultural Recife –Avenida Alfredo Lisboa, 505 – Bairro do Recife, Recife – PE
Visitação: Até 17 de fevereiro de 2019
Horário: terça a sábado, das 10h às 20h | domingos, das 10h às 17h
Entrada Franca
Classificação indicativa: Livre para todos os públicos
Acesso para pessoas com deficiência
Informações: (81) 3425-1915
Patrocínio:
CAIXA e Governo Federal

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